Um dos principais pilares das operações da Bosch no mundo está comemorando 100 anos de atividades: a rede de oficinas Bosch Service. Os números são expressivos. Trata-se da maior rede mundial de oficinas independentes, com mais de 16 mil empresas espalhadas em 150 países.
As oficinas de serviços Bosch estrearam no mercado brasileiro nos anos 1950, mas o conceito Bosch Car Service desembarcou por aqui em 2001 e nunca mais parou de crescer. Hoje, são mais de 1.400 oficinas em todo o território nacional. “É uma rede bem estruturada, embora exista espaço para se expandir principalmente nos grandes centros”, avalia André Astini, gerente do conceito da Bosch Car Service para a América Latina. Os procedimentos mais executados são revisões por quilometragem, alinhamento e balanceamento, mecânica geral e reparo de sistema de freios, suspensão, ar-condicionado, escapamento e direção hidráulica.
Os requisitos iniciais para escolher novos pontos levam em conta potencial de mercado, cobertura geográfica e frota circulante do local. Astini conta que as oficinas estão aptas para atender as demandas dos clientes, seguindo o conceito “de para-choque a para-choque”, oferecendo produtos e serviços precisos, equipamentos de última geração e com peças originais.
O objetivo é muito bem delineado pela companhia: o cliente final deve ser atendido com a máxima qualidade possível. Não é à toa que o programa para credenciar oficinas atende a critérios rigorosos. “O estabelecimento deve ter uma estrutura mínima exigida e profissionais qualificados”, afirma Astini. “A oficina precisa investir em equipamentos modernos, layout e capacitação da equipe. A contrapartida por parte da Bosch é o suporte de consultoria especializada, treinamentos técnicos, o uso da marca, campanhas de marketing e parceria.”
A qualidade e a excelência do atendimento das oficinas da rede Bosch Service são permanentemente verificadas. Um dos métodos de avaliação que a empresa utiliza é o “cliente misterioso”, representado por uma empresa contratada pela Bosch. O falso cliente leva para a oficina um carro com alguns defeitos, com o objetivo de observar se ela identificará os problemas corretamente e sem tentar “empurrar” serviços desnecessários.
A rede da Bosch Car Service passa por constante evolução, de acordo com as mudanças do mercado. Nas duas últimas décadas, por exemplo, as tecnologias embarcadas e as centrais multimídias ganharam mais espaço nos automóveis, exigindo a atualização dos profissionais. “Agora, a era dos veículos eletrificados está começando no Brasil e as oficinas terão de se adequar”, depõe Astini.
A demanda dos carros movidos a bateria ainda é pequena, mas para as oficinas se adequarem é necessário investir principalmente em três aspectos que podem ser apoiados pela Bosch: treinamentos sobre veículos híbridos e elétricos no Centro de Treinamento Automotivo (CTA) da Bosch, em Campinas (SP); equipamentos específicos para remover a bateria dos automóveis, por exemplo; e mudanças nas instalações com boxes isolados destinados a esse tipo de automóvel.
Enquanto os carros eletrificados engatinham no Brasil, a Bosch já dispõe de equipamentos para os tempos de conectividade automotiva. “Antes, o mecânico abria o capô e visualizava o problema do veículo. Hoje, ela passa o scanner na unidade de controle do motor (ECU) para detectar e reparar o veículo”, revela Astini.
Além da eletromobilidade, a empresa vislumbra novas formas para melhorar a produtividade para a Bosch Car Service, como o sistema de gestão de oficinas. “Seis oficinas já estão rodando no novo sistema piloto, para melhorar sua gestão, digitalização e produtividade”, afirma Astini. “Isso comprova que o aperfeiçoamento da rede Bosch Service não tem limites para crescer.”
Como a prestação de serviços está no DNA da Bosch, ela já iniciou o processo de abertura de oficinas Express Bosch Service, para a realização de demandas mais rápidas, como troca de óleo e reposição de pastilhas de freio. Atualmente, são cinco oficinas já em atividade, mas a ideia é ampliar para 20 até o fim do ano. “Elas podem ser do mesmo proprietário, mas precisam ser instalações diferentes da Bosch Car Service atual”, diz Astini.