Cartão de embarque em mãos

Pilotos prontos para a inédita etapa em plena pista do aeroporto RIOgaleão. Foto: Duda Bairros

06/04/2022 - Tempo de leitura: 2 minutos, 48 segundos

O Rio de Janeiro é um dos Estados mais importantes para a Stock Car. Além de ter recebido inúmeras provas da categoria, sempre foi um terreno fértil na revelação de pilotos e, principalmente, de equipes. Petrópolis, na serra fluminense, por exemplo, chegou a ser chamada de “capital da Stock Car”, devido ao número enorme de escuderias da categoria ali sediadas.

A cidade do Rio de Janeiro, segunda maior do País, fez parte do calendário da Stock Car desde 1979, ano de criação da categoria, quando três provas foram ali disputadas, vencidas por Zeca Giaffone, Alencar Júnior e Paulo Gomes. Foram 42 corridas no saudoso circuito de Jacarepaguá, com seus originais 5.031 metros de extensão, que disputava com Interlagos, em São Paulo (SP), a primazia de sediar o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1. Em 1995, o circuito passou para 4.933 metros, mas provas aconteceram também em sua versão reduzida, de 3.336 metros, entre 2006 e 2012. Estes dados ficariam incompletos se não citássemos as, até então, inéditas provas disputadas na pista oval de 2.770 metros, em 2000, vencidas por Ingo Hoffmann e Xandy Negrão.

Porém, esse verdadeiro templo carioca de velocidade seria destruído para construção do Parque Olímpico dos Jogos Pan-Americanos. Diante da mobilização da comunidade da velocidade, representada pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), a defesa do autódromo começou em 2003 e, mesmo com a destruição das instalações, um acordo foi celebrado, em 2008, que deveria ter compensado o esporte motorizado.

“Na nossa gestão, fizemos um pacto, com a prefeitura e o Ministério do Esporte, no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, de que o autódromo de Jacarepaguá só poderia ser utilizado, para obras do Parque Olímpico, após a construção de outro autódromo”, afirma Paulo Scaglione, presidente da CBA entre 2001 e 2009. “É importante destacar que não foi um simples acordo particular entre as partes, mas arbitrado pela Justiça, estipulando, muito objetivamente, a obrigação de cada signatário. A gestão seguinte, porém, optou por renunciar a esse acordo e permitir a construção antes do cumprimento do compromisso, que deixamos assinado. Os motivos que levaram a isso somente os membros daquele período podem explicar”, comenta Scaglione.

Hora da retomada

A programação começa no sábado, com a realização do shakedown (treino de reconhecimento) das duas categorias, a partir das 8h30 (horário de Brasília). Depois, Stock Pro e Stock Series realizam duas práticas livres cada uma, e dão sequência ao cronograma, com a classificação para o grid. O domingo reserva mais três provas. A preliminar da Stock Series e mais duas da Stock Car Pro (veja programação completa abaixo), que terão transmissão ao vivo no site do Estadão.       

Allam Khodair foi o último vencedor no Rio, em 2012. Foto: Duda Bairros

Para quem é do Rio de Janeiro ou quiser passar o final de semana na Cidade Maravilhosa e, de quebra, acompanhar de perto esse evento inédito no Brasil, os ingressos já estão à venda, pelo link https://bit.ly/3NgL4ud. São obrigatórios o uso de máscara e a apresentação do comprovante vacinal completo contra covid-19 para maiores de 12 anos.