LinkedIn de Paraisópolis agora tem coworking grátis

Idealizado pela pedagoga Rejane Santos (em foto de 2019), zona sul de São Paulo, o Emprega Comunidades é um negócio de impacto social que aproxima moradores em busca de trabalho e empresas interessadas em contratar. Foto: Julianna Martins/Estadão

14/08/2021 - Tempo de leitura: 1 minuto, 51 segundos

Idealizado pela pedagoga Rejane Santos em Paraisópolos, zona sul de São Paulo, o Emprega Comunidades é um negócio de impacto social que aproxima moradores em busca de trabalho e empresas interessadas em contratar

Reportagem de Danny Mendes e Negona Dance, Lá da Favelinha, em Belo Horizonte

O programa oferece cursos, marca entrevista e ampara candidatos no processo seletivo, fortalecendo seu repertório. O “LinkedIn da Favela”, como é conhecido, foi fundado em 2017 e nos primeiros dois anos conseguiu ocupação para 700 pessoas.

No atual momento, conta Rejane, o Emprega segue com a energia voltada aos já consolidados esforços de capacitação, recolocação e empregabilidade. E tem uma novidade bem importante, ainda na esteira do contexto de pandemia: a abertura do coworking Inovar Comunidade, que apoia quem é da favela e está fazendo home office, trabalhando remotamente.

Rede de solidariedade

Quando a plataforma Emprega Comunidades stava prestes a completar três anos de atividades, em 2020, Então veio a pandemia, as empresas pararam de contratar, muita gente perdeu o emprego e surgiu o engajamento em outras ações de combate à vulnerabilidade social, a exemplo da campanha Adote uma Diarista, de 2020, que se replicou pelo Brasil e, só em Paraisópolis, apoiou mais de mil trabalhadoras que tinham perdido o emprego.

“Em outras comunidades do Brasil, [fora atendidas] 100 em cada ação no Distrito Federal, em Belém do Pará, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e, também em São Paulo, na Vila Nova Esperança e em Heliópolis.”

Legado de solidariedade

A ação Adote uma Diarista, em resposta à situação extrema provocada pela pandemia, tinha como objetivo ajudar diaristas durante três meses com cesta básica, kit de higiene e um bônus de R$ 300. Recursos doados por empresas, pessoas físicas e uma vaquinha virtual. Em Belo Horizonte, a campanha ocorreu em parceria com o Lá da Favelinha e a ACM Cafezal.

Ainda que a campanha já tenha sido oficialmente encerrada, fica o legado de que iniciativas realizadas por lideranças das próprias comunidades impactam positivamente a vida de muitas pessoas. Há alguns parceiros que seguem no apoio e a organização consegue distribuir de forma esporádica as doações.