A Reatech (Feira Internacional de Inclusão, Acessibilidade e Reabilitação), ocorre entre os dias 20 e 23 de novembro, no centro de exposições São Paulo Expo, na capital paulista. O evento reuniu empresas, instituições de apoio e diversos setores envolvidos com pessoas com deficiência.
Dentre as atrações, constam soluções voltadas para a mobilidade de PCDs. As inovações permitem tanto que pessoas com mobilidade reduzida acessem locais diversos por conta própria, quanto oferecem mais segurança em automóveis. Confira algumas das atrações relacionadas ao tema.
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A Refresh Brasil lançou, durante a Reatech, uma nova versão da sua cadeira de rodas anfíbia. O equipamento permite às pessoas com mobilidade reduzida entrarem no mar, em piscinas e fazer trilhas onde é necessário passar por riachos. O mais novo modelo é reclinável e mais estável.
“A cadeira anfíbia é feita de alumínio naval e não tomba nem afunda devido à distribuição das boias laterais. A cadeira suporta até 130 kg, mas pode ter adaptações para pessoas mais pesadas ou para crianças”, conta Carina Rogério, representante comercial da empresa.
De acordo com Carina, é possível desmontar a cadeira para transportá-la mais facilmente. Ao mesmo tempo, o equipamento também tem mecanismos de segurança, como cinto de segurança e um aparato que corta as ondas, caso o uso ocorra no mar. Por fim, as rodas de borracha maciça permitem ao cadeirante circular pela areia sem problemas.
“Quando usei a cadeira anfíbia pela primeira vez tive a oportunidade de curtir a praia sem precisar que as pessoas me levassem no colo até o mar”, diz Alessandra Paulo, que é cadeirante e trabalha como vendedora da Refresh. Ela diz que viveu essa experiência pela primeira vez aos 45 anos.
Visitantes da Reatech também conheceram empresas que fazem adaptação veicular para pessoas com deficiência. “Em 15 dias úteis, ou menos, conseguimos transformar uma van normal em um veículo acessível para cadeirantes”, de acordo com Lucas Ferreira, assistente comercial da VIPK.
A empresa adapta, para as necessidades de passageiros PCDs, as vans dos modelos Splinter, da Mercedes-Benz, e a Master, da Renault. Dentre as mudanças no veículo, é possível incluir elevador, fixador de cadeira de rodas, cintos adaptados para autistas, martelos de segurança e várias outras.
Por fim, sobre o preço, Ferreira afirma que, “como montamos cada veículo de acordo com as necessidades do cliente, o valor muda bastante. Por exemplo, um modelo com dois espaços para cadeirante custa R$ 47,5 mil, mas se precisarmos incluir mais um espaço para cadeirante ou outras adaptações, o preço final muda”.