A infraestrutura de recarga ainda é o principal obstáculo para a decisão de compra de um carro elétrico no Brasil. Afinal, o usuário tem a preocupação de sofrer “pane seca” em uma viagem mais longa. Ou seja: ficar sem carga na bateria de seu veículo longe de um eletroposto.
Atualmente, o Brasil tem cerca de 4.300 estações de recarga, segundo a startup Tupinambá Energia. A empresa realiza a contagem em parceria com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Esse número é considerado satisfatório para a frota de carros movidos a bateria existente hoje.
“Na maioria das vezes, a recarga é feita em casa. O consumo é equivalente ao de um chuveiro elétrico”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). Há também a chamada recarga de conveniência, quando o proprietário aproveita a parada em shoppings ou mercados para alimentar a bateria.
Contudo, isso não basta. Então, algumas fabricantes como Volvo, BMW e BYD estão investindo fortemente na instalação de estações de recarga. Elas querem que seus clientes considerem positiva a experiência de ter um automóvel elétrico sem o receio de faltar assistência.
“O mercado brasileiro vive uma revolução com a chegada dos modelos elétricos. Os preços estão caindo, principalmente por causa da concorrência da BYD, a autonomia aumenta e a confiança do comprador brasileiro melhora”, diz Delatore. “Dessa forma, outros setores, como o energético, também precisam se adequar ao novo cenário.”
A maioria dos consumidores já sabe que a manutenção do carro elétrico é mais barata que a do veículo convencional. Porém, o que eles não sabem ao certo é o que será feito e trocado a cada revisão. Dessa forma, cabe explicar melhor esses pontos na hora da negociação.