Documentário de 40 minutos retrata a história da logística no País

Documentário retrata essa importante atividade desde os tempos em que o País estava mergulhado no período de inflação anual de três dígitos até os dias atuais. Foto: Adobe Stock

30/10/2024 - Tempo de leitura: 5 minutos, 17 segundos

Uma websérie de quatro episódios vai passar a limpo a trajetória da logística brasileira. A empresa nstech, plataforma integrada com mais de cem soluções de tecnologia para aplicar nas operações logísticas, produziu um documentário que retrata essa importante atividade desde os tempos em que o País estava mergulhado no período de inflação anual de três dígitos até os dias atuais.

Batizada de “Sua encomenda chegou: a história da logística no Brasil”, a produção de 40 minutos ficará disponível no canal de youtube da nstech. O primeiro episódio estreia no dia 1º de novembro e os demais capítulos entrarão no ar nas três sextas-feiras seguintes (dias 8, 15 e 22 de novembro).

Logística no País

“Geralmente, as pessoas só notam a existência da logística quando ela falha. Se o cliente compra um produto que não chega. Ninguém faz ideia de todos os processos envolvidos na operação”, afirma Vasco Oliveira, CEO e fundador da companhia. “A websérie não é apenas um resgate histórico, mas uma celebração da evolução do setor e da sua importância para a economia brasileira.”

Segundo Eduardo Steinberg, cofundador e conselheiro da nstech, o vídeo valoriza as empresas que atuam no setor, “responsáveis pela mágica de fazer o produto chegar em seu destino no mesmo dia do pedido”. Ele conta que logística mudou muito nos últimos anos. “A atividade foi se tornando mais complexa, com o surgimento de vários competidores e diferentes formas de atuação”, diz. “No passado, logística significava custos e o estoque era um ativo, visto como fonte de receita. Atualmente, ela precisa ser ágil para as empresas alcançarem seus objetivos.”

Eduardo Steinberg, cofundador e conselheiro da nstech, o vídeo valoriza as empresas que atuam no setor. Foto: Divulgação/nstech

A série mostra as dificuldades impostas pela hiperinflação dos anos 1980 e como o setor se tornou estratégico nas decisões corporativas, com depoimentos de executivos de empresas como Carrefour, Mercado Livre, DHL e Unilever, protagonistas da logística do passado e do futuro. 

Novos desafios da logística

Além do período em que os preços dos produtos eram remarcados de manhã e à tarde, o filme passa por outros momentos do Brasil: as transformações causadas pelo Plano Real, em 1994, o conceito “just in time” – gestão que visa aumentar eficiência e reduzir custos –, as tecnologias emergentes de 2007 a 2019 (como o boom da digitalização e das compras online) e a pandemia iniciada em 2020, que alterou os hábitos de consumo das pessoas.

Alterou tanto que, no entender de Steinberg, o cliente B2B (de empresa para empresa) deseja ter a mesma experiência e versatilidade que o consumidor normal tem quando faz o compra em um simples clique no smartphone.

Fundada em 2020, a nstech estreou justamente nesse contexto de mudança radical. “A pandemia foi o divisor de águas da logística e impôs novos desafios”, atesta Steinberg. “O embarcador — que é o dono da carga –, o transportador e o motorista sentem dores diferentes, mas o cliente quer conversar com uma só empresa da cadeia logística para resolver seus problemas. Assim, oferecemos um ecossistema de soluções”, destaca.

Com quatro anos de vida e receita que deverá atingir R$ 1 bilhão em 2024, a nstech é a maior empresa de software para a cadeia de suprimentos da América Latina e atende cerca de 70 mil clientes do setor em 14 países, além de reunir 2,5 milhões de motoristas em seu banco de dados.

Futuro da empresa

Apesar de números tão positivos, ela já se prepara para os desafios do futuro. Um deles é investir no aprimoramento das tecnologias — como os sistemas de gestão do transporte e de gerenciamento da carga do cliente –, apoiar novas pesquisas e desenvolvimento e adotar cada vez mais recursos como Inteligência Artificial (IA) e robótica. “Nosso propósito é melhorar a economia do mundo com o impulso da logística”, revela. “Sempre estudamos o mercado para analisar possibilidades de expansão. Dessa forma, a nstech abrirá uma base na Cidade do México.”

Embora as rodovias brasileiras sejam as mais utilizadas pela logística local, a nstech também tem participação nos modais marítimos, aéreos e ferroviários. “Todos são muito importantes para o desenvolvimento da economia do País e 80% das operações logísticas são semelhantes em todos os modais. Às vezes, porém, os outros 20% fazem a diferença para o cliente”, salienta o executivo.

Capítulos da evolução da logística brasileira

Veja alguns fatos que marcaram a trajetória do setor logístico no País

O início

A logística como conhecemos hoje deu seus primeiros passos no Brasil nos anos 1960, em um mercado pouco dinâmico e com dificuldade de controlar os estoques. Na década seguinte, ela começou a evoluir, alavancada principalmente pela indústria automotiva, que precisava de maior movimentação e armazenagem de peças. 

Evolução

Nos anos 1980, o trabalho foi fortalecer o transporte e a armazenagem. Tanto que a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) criou o departamento de logística, em 1984. Nessa época surgiu o conceito “supply chain” (cadeia de suprimentos), uma visão integrada desde a matéria prima até o cliente final. 

Internet

A partir do surgimento da internet, novos softwares apareceram com objetivo de refinar a gestão e movimentação das mercadorias. O planejamento das operações logísticas — feito antes de forma manual — ganhou importância, com a ajuda do sistema de códigos de barras e controle de estoques. Os processos ficaram mais dinâmicos.

Multimodal

Apesar da evolução, o setor enfrentou dificuldades para operar os estoques, por conta da abundância de novos produtos e custos altos. Uma das soluções foi recorrer ao transporte multimodal, que ajudou a agilizar as entregas. 

E-commerce

As vendas pela internet se popularizaram ainda mais com a pandemia da Covid-19, em 2020. A modalidade cresceu exponencialmente e as operadoras logísticas tiveram de se adaptar aos novos tempos, com investimentos em tecnologias e frota de veículos.