Hoje (15 de junho), os primeiros seis ônibus elétricos da frota de Curitiba começam a circular pela cidade. Os veículos, do modelo D9W produzidos pela BYD, vão transitar pelas linhas 010-Interbairros I (horário) e 011- Interbairros I (anti-horário), com três ônibus em cada sentido.
As duas linhas juntas transportam 2500 passageiros por dia e percorrem 14 bairros da capital, de acordo com a Prefeitura. A Interbairros I (horário) possui 18 km em seu percurso, por sua vez, a Interbairros I (anti-horário) conta com 19.5 km.
Com os novos ônibus, 100% dos veículos que trafegam nessas rotas se tornam elétricos. O objetivo da cidade é que, até 2030, 33% da frota da capital tenha zero emissões e que, em 2050, não existam mais ônibus à combustão no município.
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Os ônibus elétricos que entram em circulação hoje possuem 13.2 metros e comportam até 90 pessoas. O modelo será o primeiro com ar-condicionado em Curitiba e possui piso baixo, sem degraus na entrada. Por fim, as baterias são de ferro-lítio-fosfato e oferecem uma autonomia de 250 km ao veículo, o carregamento leva de duas a quatro horas.
Para dirigir os ônibus elétricos, 49 motoristas de Curitiba foram treinados. Ao mesmo tempo, “quatro estruturas de recarga foram montadas nas garagens. Serão duas recargas por dia. Uma noturna e outra no meio do dia, com no máximo 2 horas, entre os horários de pico”, de acordo com a prefeitura.
Além dos seis ônibus da BYD, Curitiba também já adquiriu um veículo elétrico da Volvo. O sétimo ônibus elétrico circulará na linha 863-Água Verde a partir de agosto deste ano. Sendo assim, 50% da frota desta linha será elétrica.
“O investimento total, realizado pelas empresas, é de R$ 23 milhões, entre veículos e infraestrutura de recarga nas garagens”, afirma a prefeitura. A compra ocorreu em modelo de concessão, uma vez que o plano inicial da prefeitura de adquirir 70 ônibus elétricos com recursos próprios de R$ 317 milhões foi frustrado devido a mudanças na taxação estabelecidas pelo Governo Federal.
“A aplicação do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) oneraria em 34% a compra pelo município, ou seja, aproximadamente R$ 107 milhões dos R$ 317 milhões necessários para a aquisição dos 70 ônibus elétricos”, afirmou a prefeitura em nota ao Mobilidade Estadão.
Ao mesmo tempo, a capital paranaense também deve contar com recursos do Novo PAC. Em maio deste ano, o Governo Federal escolheu a cidade para receber R$ 380 milhões e comprar de 54 ônibus elétricos. Os veículos devem ser comprados este ano, mas só vão circular em 2025, fazendo o trajeto das linhas Inter 2 e Interbairros II.