Já faz algum tempo que o tema mobilidade elétrica deixou de ser visto como futurista para se tornar cada vez mais necessário e presente na vida das pessoas. Reduzir as emissões de gás carbônico na atmosfera é tarefa urgente. Uma das empresas mais importantes nesse processo é a Enel X, divisão voltada para soluções em energia da Enel e líder em mobilidade elétrica na América Latina.
Para se ter uma ideia, a Enel X criou o primeiro corredor pan-americano de carregamento de veículos elétricos, que se estende do extremo sul da América do Sul até a América do Norte, passando por toda a costa oeste do continente. Com 196 pontos de recarga, a rota liga Ushuaia, na Argentina, a Ensenada, na Baixa Califórnia, México, cruzando 11 países.
A Enel X também é a responsável pela implantação de um sistema de transporte coletivo com ônibus elétricos em Santiago, no Chile, e em Bogotá, na Colômbia. A empresa trabalha em projetos similares em Lima, no Peru, e Montevidéu, no Uruguai. Com a experiência de quem gerencia mais de 1,4 mil ônibus elétricos em todo o planeta, a Enel X pretende anunciar em breve os primeiros projetos de mobilidade elétrica coletiva também no Brasil.
“Nossa visão não se limita a contribuir com a substituição dos ônibus movidos a diesel por elétricos. Queremos viabilizar e impulsionar projetos integrados, que incluam os ônibus e toda a infraestrutura elétrica com energia renovável, numa plataforma inteligente que permita a gestão otimizada da carga”, explica Francisco Scroffa, responsável pela Enel X no Brasil.
O Brasil é um dos maiores mercados automotivos do mundo e tem uma grande vantagem: a presença de muitas montadoras produzindo seus veículos localmente. Além disso, o País possui uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta, majoritariamente hídrica, e um grande potencial com outras fontes renováveis, como a solar e a eólica, observa Scroffa. É natural, portanto, que a Enel X esteja no mercado brasileiro e atue para liderar o crescimento da mobilidade elétrica por aqui.
Vale lembrar que a Enel X já incentiva a eletromobilidade no País, com o projeto Ecovagas, e, além disso, trabalha em projetos de implantação de ônibus elétricos em todo o Brasil. “Acredito que nos próximos meses vamos conseguir anunciar os primeiros programas. Com as soluções que temos apresentado, a conta está fechando, ou seja, não vai ser necessário que os operadores ou mesmo que o Estado tenham de arcar com custos adicionais para disponibilizar os ônibus elétricos para a população”, afirma o executivo, acrescentando que a Enel X oferece a mobilidade elétrica como um serviço. “Nosso cliente – que pode ser uma cidade, uma grande indústria ou o consumidor final – não adquire a mobilidade; ele contrata o serviço e o utiliza”, diz Scroffa.
Ainda de acordo com o responsável pela Enel X no Brasil, a mobilidade elétrica pode provocar uma mudança salutar nos hábitos e na consciência dos consumidores. Afinal, a interação do usuário com a rede pública de energia ainda se limita a ligar ou desligar interruptores, na maioria dos casos. “O cliente está na ponta do sistema”, explica Francisco Scroffa. Mas isso está mudando. “O consumidor está passando para o centro dessa operação”, garante. “Ao instalar um painel solar no telhado de casa, por exemplo, o cliente consegue não apenas utilizar a energia produzida, mas também fornecer o excedente para a rede pública, obtendo receita. É uma completa ruptura com a visão tradicional de consumidor que tínhamos até então”, acrescenta.
As mudanças no mundo da energia não param. “Imagine que o carro elétrico possui um grande potencial para se transformar num elemento de interação do cliente com a rede elétrica. Se você tem um carro elétrico e o carrega em casa, no horário em que a tarifa é mais barata, é possível por exemplo chegar ao trabalho e conectar o carro à rede elétrica, usando uma plataforma da Enel X para fornecer parte da energia das baterias do carro para a rede pública em momentos de pico de consumo.
Se multiplicarmos isso por milhares de usuários, estamos falando de uma grande transformação, em que os clientes deixarão de ser apenas consumidores de energia para se tornarem fornecedores em momentos em que a rede pública mais necessita, resultando em uma relação mais dinâmica e em um ecossistema muito mais saudável”, finaliza.