A nossa mobilidade criou uma demanda por combustíveis no Brasil e faz com que haja a necessidade da importação de diesel e gasolina. Apesar de sermos produtor de Petróleo, não temos capacidade de refinar toda nossa demanda interna, obrigando a exportar o excedente e comprarmos combustíveis daqueles que refinam e têm sua capacidade excedente, pagando o preço desta importação, sem podermos gerir esses preços internamente.
Infelizmente a solução para isso que seria a criação de mais refinarias esta num horizonte ainda longe e indefinido.
Para podermos diminuir essa demanda de combustíveis, como cofundador e diretor honorário da Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Inovadores (Abravei), temos algumas soluções que precisam ser implementadas, o mais rápido possível, para que as importações diminuam e os preços dos combustíveis na bomba possam ser geridos, cada vez mais, por uma composição de preços interna.
– Incrementar a compra de carros elétricos, pois as concessionárias em todo o País já possuem modelos que atendem a todos os consumidores, tanto em autonomia, performance e segurança, até maior que veículos a combustão em relação a gasolina;
– Incentivar os proprietários de carros flex´s a abastecerem com etanol, desde que haja um preço menor na bomba, deste combustível;
As grandes empresas que utilizam ônibus e caminhões para a execução de seus serviços deveriam ter um programa definitivo de substituição de toda a sua frota por veículos elétricos ou etanol num prazo, a ser definido.
Isso seria um compromisso moral e relevante por parte do empresário, pois estaria contribuindo fortemente com a redução da demanda por combustíveis fósseis e com a diminuição do preço na bomba dos menos favorecidos, inclusive os caminhoneiros.
Quanto a pessoa física, aqueles que podem desembolsar mais de R$200.000,00 por um veículo, deveriam ter esse compromisso de adquirir e veículos elétricos para contribuírem com essa diminuição de demanda urgente e passarem de consumidores dito elitistas, a consumidores conscientes que pagam por veículos até mais caros para que o preço na bomba dos combustíveis diminua e favoreça a maior parte da população que não tem ainda como adquirir um veículo elétrico;
– Diminuição da emissão de CO2 (aquecimento global);
– Diminuição do ruído ambiental nas cidades;
– Diminuição da demanda de combustíveis no País.
– IPVA menor ou até mesmo isento;
– Custo reduzido da sua mobilidade em cerca de 60% a 75% comparado com um veículo a combustão;
– Evitar problemas mecânicos graves provocados por gasolina adulterada;
– Evitar parada em postos de combustíveis, local de frequência duvidosa e de alto risco para o usuário;
– Facilidade de recargas caseiras no seu dia a dia de deslocamento urbano.
Para quem utiliza trajetos longos, com muita frequência e superiores a 150Km, há a opção da aquisição de veículos híbridos do tipo plug-in;
Para que isso se concretize algumas sugestões podem ser efetivadas, dentre elas para compradores de carros zero acima de R$200.000,00 com tração exclusiva à combustão, uma taxação maior de IPVA, enquanto para carros elétricos puros ou híbridos plug-in (com autonomia mínima de 40Km) um IPVA, bem menor, entre 0 e 1,5%, como já existe em alguns Estados do País;
Finalmente para que uma demanda excessiva de energia elétrica não ocorra com essa maior demanda de veículos elétricos, seria importante que os proprietários de veículos elétricos, pessoas ficas e jurídicas, que tivessem espaço disponíveis em suas propriedades, instalassem painéis solares que possam gerar energia elétrica equivalente ao consumo diário de seus veículos. Assim agindo não estariam aumentando em nada a demanda de energia elétrica que também, em algumas ocasiões, provocam o aumento de tarifa ao consumidor final.
Para tanto o Governo deverá continuar incentivando, ao máximo, como já vem fazendo, a aquisição de sistemas fotovoltaicos para microgeração ”On-Grid”.
Com isso o consumidor deste sistema não teria também nenhum custo a mais para a sua locomoção com seu veículo elétrico, o que é uma vantagem bem expressiva nos dias de hoje.