Há dois anos, estamos vivendo as transformações ocasionadas pela pandemia da covid-19. Mas, apesar das crises sanitária e econômica, a nova realidade fez com que população e diferentes esferas governamentais também olhassem para outras urgências do planeta, como meio ambiente e sustentabilidade. E o que se viu foi a aceleração na adoção de veículos elétricos e híbridos, que colaboram para a redução na emissão de gases poluentes na atmosfera.
A fim de ativar as suas economias impactadas, os governos centrais de diversos países injetaram muitos recursos em seus mercados, por meio de vários mecanismos de distribuição de renda e fomento. No setor automotivo, os principais incentivos vieram para desenvolver a eletromobilidade, mais limpa e sustentável, o que antecipou a escalada desse mercado na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos. Um bom exemplo disso é o governo americano, que, em seu plano para ativação da economia, planeja investir US$ 174 bilhões em infraestrutura para carros elétricos, nos próximos anos.
De acordo com a Comissão Econômica da ONU para a Europa (Unece), as vendas de carros elétricos no continente europeu já representam 10% da fatia de mercado. E as previsões da Agência Internacional de Energia apontam que essa porcentagem deve subir para 19% até 2025.
Isso porque as vendas de carros elétricos na Europa, em dezembro de 2021, superaram as de modelos a diesel pela primeira vez – 176 mil veículos a bateria elétrica, maior número na história e mais de 6% superior ao de dezembro de 2020. Assim, 1 em cada 11 carros novos vendidos na União Europeia, em 2021, foi totalmente elétrico, salto de 63%, sobre 2020.
Somada aos olhares governamentais, a pandemia também provocou uma mudança comportamental na sociedade. Ações solidárias e sustentáveis passaram a ser mais valorizadas e praticadas. Fato esse fundamental para a cristalização de um mercado que precisa de consumidores conscientes. Ou seja, motoristas que se preocupem com o meio ambiente.
Aqui, no Brasil, apesar de um mercado em desenvolvimento e dos preços ainda pouco competitivos, a maioria das montadoras lançará novos modelos em 2022. Segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o ano de 2021 foi de recorde, com quase 35 mil veículos eletrificados vendidos no País, crescimento de 77%, em relação a 2020. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), 60% dos novos veículos vendidos no Brasil serão elétricos até 2035.
Importante reiterar que políticas públicas de incentivo, como maiores possibilidades de financiamento e melhores taxas para a compra desses veículos, são fundamentais para a consolidação da eletromobilidade, além de investimentos em infraestrutura, como a instalação de postos de carregamento, que já tem sido feito nos Estados Unidos.
Nesse caminho, relevantes players do mercado brasileiro se movimentam para criar uma operação com alta capilaridade, como é o caso da Estapar, que, por meio da Ecovagas, primeira rede de carregamento de veículos elétricos semipública integrada e conectada do Brasil, está se unindo à Zletric para ampliar o ecossistema de recarga elétrico, facilitando o desenvolvimento da eletromobilidade no País.
E essa é apenas uma iniciativa de muitas que o mercado deve promover. Estamos de olho nas políticas públicas e nos projetos inovadores advindos de grandes empresas e de novas startups para um futuro transformador.
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