Pela primeira vez na história, acontecerá um Campeonato Mundial Feminino de Motovelocidade, disputado exclusivamente por mulheres. Organizado pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e a Dorna, detentora dos direitos da MotoGP e da WorldSBK, o campeonato terá 24 pilotas no grid e seis provas, juntamente com etapas do Campeonato Mundial de Superbike.
“Na FIM, temos trabalhado muito para incluir cada vez mais mulheres nas corridas nos últimos 20 anos, desde que criamos a Comissão Feminina. Já temos Campeonatos Femininos de Motocross, Enduro e Trial, e teremos de Speedway muito em breve.”, afirmou o presidente da Federação Internacional, Jorge Viegas.
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Batizado de “FIM Women’s Circuit Racing World Championship“, o Campeonato Mundial Feminino de Motovelocidade será monomarca. As pilotas irão guiar a superesportiva Yamaha YZF-R7 nas seis etapas, que começam em junho, no circuito de Misano, na Itália. A prova inaugural e histórica acontece juntamente com a etapa da Emília Romanha, do Mundial de Superbike.
Para participar do Campeonato Mundial Feminino de Motovelocidade as pilotas precisam ter, pelo menos, 18 anos. Mas de 40 mulheres se inscreveram, porém apenas 24 foram selecionadas. Nomes como Ana Carrasco, que já foi campeã mundial de 300cc correndo contra os homens, estão na lista.
Apesar de não haver nenhuma brasileira entre as participantes, há duas pilotas da América do Sul. A chilena Isis Carrero Avila, da equipe AD78 FIM Latinoamerica by Team GP3, e a colombiana Sarah Varon, do time ITALIKA Racing FIMLA.
A taxa de inscrição para pilotos permanentes é de 25 mil euros (cerca de R$ 135 mil). O pacote completo inclui a Yamaha YZF R7 2023, um kit de corrida GYTR, pneus Pirelli, combustível, serviço de corrida e acesso ao Paddock Village.
Entre os benefícios de correr sob a égide das SBK, a nova série terá transmissão global, prêmios em dinheiro da Pirelli e oportunidades de relações públicas, garantindo a visibilidade dos patrocinadores dos pilotos em escala global.
“Esse Campeonato exclusivo permite que as mulheres lutem por um título mundial, tenham o ranking, vejam quem é a mulher mais rápida do mundo, temporada a temporada, sejam reconhecidas, aproveitem o nosso status de mulher no mundo das motos e mostrar do que somos capazes de fazer em uma moto.”, declarou a campeã europeia de motovelocidade em 2023, a espanhola Beatriz Neila. Neila também irá disputar o Mundial pela equipe oficial Pata Prometeon Yamaha.
Neste primeiro ano, o Campeonato Mundial Feminino de Motovelocidade terá seis etapas, disputadas no mesmo final de semana que o Mundial de Superbike. Cada etapa do Campeonato Mundial Feminino de Motovelocidade terá duas corridas, uma no sábado e outra, no domingo. Os treinos classificatórios vão seguir os moldes da Superpole e acontecerão na sexta-feira.
Veja o calendário:
* circuitos que ainda precisam ser homologados