Com o sucesso do filme Ainda Estou Aqui, que consagra a trajetória de Eunice Paiva após o desaparecimento do marido, o engenheiro e ex-deputado cassado pelo regime militar Rubens Paiva, a memória da família foi resgatado na memória brasileira. Sequestrado durante a ditadura militar, Rubens Paiva foi um importante engenheiro que projetou moradia popular no Rio de Janeiro. Por isso, a cidade homenageou a história do político com uma estação de metrô. No filme, o engenheiro Rubens Paiva é interpretado pelo ator Selton Melo.
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Dirigido por Walter Salles e destacado pela atuação de Fernanda Torres como Eunice Paiva, Ainda Estou Aqui ganhou reconhecimento em mundial como um dos filmes mais expoentes do ano. Isso porque está na lista de indicados ao Oscar 2025 em três categorias, consagrando o filme na história brasileira.
Além de disputar como melhor filme estrangeiro, melhor filme e melhor atriz, o longa acumula outra indicação, o Academy Film Awards 2025 (Baft). A premiação é como o “Oscar britânico”, “Ainda Estou aqui” concorre na categoria de Melhor Filme em Língua Não Inglesa. Além disso, a produção já acumula um Globo de Ouro de Fernanda Torres. A atriz ganhou na categoria de Melhor Atriz em Filme de Drama.
Localizada na Pavuna, na Zona Norte do Rio, a estação Rubens Paiva faz parte da Linha 2 do sistema metroviário carioca. Conforme o metrô Rio, desde 2014, o espaço também conta com um busto e placa em memória ao político. Rubens Paiva é uma vítima de sequestro e assassinato promovidos ditadura militar no Brasil em 1971.
De acordo com a rede de metrô, a homenagem foi uma iniciativa pelo Dia do Engenheiro, em 11 de dezembro. Promovido pelo sindicato da categoria, o tributo reuniu familiares de Paiva, entre eles a filha Vera.
Referência no campo da habitação popular, o engenheiro Rubens Paiva projetou e construiu moradias populares que formam um conjunto habitacional e que também leva o seu nome na Pavuna.
“Segundo a filha do Rubens Paiva, ele tinha muito orgulho dessa obra que fez. É uma obra de qualidade para pessoas humildes. Então, nada mais justo do que homenageá-lo dando o nome dele à estação do metrô, localizada próximo ao conjunto habitacional”, afirma Olímpio Alves dos Santos, presidente do Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro.
Com o intuito de conectar os bairros da Zona Norte e Baixada Fluminense ao Centro do Rio, a inauguração da estação ocorreu em 1998. Isso porque, naquele momento, acontecia o projeto de expansão da Linha 2.
Uma vez que serve como estação de metrô, a estação Rubens Paiva também faz integração com ônibus municipais e linhas intermunicipais. Desta forma, o espaço funciona como um ponto de conexão para a mobilidade urbana.
Ademais, a estação registra cerca de 180 mil embarques por mês, cerca de 7,3 mil por dia.
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