Fim da R1? Yamaha revela o futuro da moto esportiva de 1.000 cc

A partir de 2025, R1 não terá mais versão homologada para rodar em ruas e estradas. Fotos: Divulgação/Yamaha

23/03/2024 - Tempo de leitura: 2 minutos, 51 segundos

Nos últimos tempos, ganharam força os rumores de que a Yamaha iria tirar de linha a R1, uma de suas mais famosas motos superesportivas. Hoje, a fabricante se manifestou oficialmente. De acordo com comunicado da Yamaha Europa, a YZF-R1 continuará sendo produzida nos próximos anos. Entretanto, não terá mais uma versão de “rua”, ou seja, homologada para o uso em vias públicas. A partir de 2025, a R1 será um modelo exclusivo para o uso em pistas e autódromos.

Em nota, a Yamaha Motor Europe revelou que o futuro dos seus modelos superesportivos será dedicado exclusivamente à utilização em pista a partir de 2025. Com isso, a Yamaha R1 seguirá o mesmo caminho feito pela R6 em 2020, ou seja, será produzida como uma moto de corrida, para uso em pistas. Contudo, ao longo do ano de 2024, a R1 de rua continuará em produção e à venda em diversos países, exceto o Brasil.

“Isso não quer dizer que seja o fim da icônico R1; longe disso. A produção global da R1 continuará em 2025 e além, assim como o programa de desenvolvimento que viu a moto garantir títulos mundiais nos Campeonatos Mundiais de Superbike e Endurance da FIM nos últimos anos”, disse a fabricante em nota.

De acordo com a Yamaha, a R1 continua sendo uma escolha popular para pilotos e equipes que buscam garantir um pacote competitivo e econômico. Seja para uso em trackdays ou competições, por clubes de base até séries de corridas nacionais e internacionais.

Yamaha também fornecerá peças e componentes “racing” para a R1

Entretanto, a Yamaha afirmou que manterá em linha algumas esportivas “de estrada”. A atual linha de produtos da marca neste segmento consiste nos modelos R125, R15, R3 e R7. Duas delas, os modelos de intermediários, inclusive, estão à venda no Brasil.

Por que a R1 “de rua” acabou?

A justificativa oficial da Yamaha para tal atitude é que o segmento de motos superesportivas passou por mudanças significativas na última década à medida que as necessidades dos motociclistas evoluíram de acordo com as circunstâncias externas. Além dessas transformações, as regras de emissões de poluentes tornaram-se mais rigorosas.

De acordo com a fabricante japonesa, o segmento de motos superesportivas sofreu, sem dúvida, as mudanças mais perceptíveis. Na verdade, a venda de motos esportivas de 1.000cc, caso da R1, caiu muito nos últimos anos. Prova disso é que a Yamaha Brasil não comercializa a R1 no País desde 2016

Afinal, as motos bigtrail tornaram-se mais populares entre os consumidores, pois são mais confortáveis e versáteis. Sem falar que as aventureiras atuais trazem tanta tecnologia embarcada e podem ir tão rápido quanto uma moto esportiva.

Com números de vendas menores, o segmento de superesportivas puro sangue deixou de ser interessante às grandes fabricantes. Acabou restrito a modelos mais caros de marcas de luxo, como Ducati, MV Agusta e BMW.

Apesar disso, a Honda ainda disponibiliza sua esportiva de 1.000 cc, a CBR 1000RR-R, em versão de rua – e também no Brasil. Porém, a gigante japonesa seguiu a direção oposta da Yamaha. Após aposentar a CBR 600RR em 2017, a Honda relançou sua esportiva média em 2021. Agora, em 2024, a CBR de 600cc voltou à Europa, agitando assim o segmento de esportivas.