Tendência em diversas áreas, a economia compartilhada também chegou às locadoras de motocicletas. A EagleRider, empresa norte-americana de locação e turismo com motocicletas com filiais na Europa, Ásia e Oceania, criou, recentemente, a EagleShare. Trata-se de uma plataforma que conecta proprietários e revendedores de motocicletas com potenciais clientes interessados em alugar motos.
“A economia compartilhada já é uma realidade”, disse Karsten Summers, CEO da EagleRider Holdings. “Nossa nova plataforma de compartilhamento oferece aos milhões de clientes que já visitam nossos sites de aluguel de motocicletas uma gama mais ampla de destinos e modelos para escolher”, afirmou Summers.
De acordo com a empresa, a criação da EagleShare foi um caminho natural. “Tiramos proveito de modelos de compartilhamento de sucesso, como Airbnb e Turo, e aliamos isso aos nossos 29 anos de experiência no segmento”, completa Chris McIntyre, cofundador da Eagle Rider Holdings, referindo-se às plataformas de compartilhamento de imóveis e carros, respectivamente.
Com o argumento de que os proprietários irão lucrar com o aluguel de suas próprias motos à enorme base de clientes da EagleRider, a empresa também conseguiu, dessa forma, ampliar a variedade dos modelos oferecidos no seu site.
Para participar, é preciso se inscrever no site da empresa e inserir os dados da motocicleta que deseja compartilhar. Os proprietários definem as taxas e as datas disponíveis para locar suas máquinas. A EagleShare ainda permite que os donos se comuniquem com locatários em potencial, antes de aprovar cada solicitação.
O processo é simples e, desde a solicitação inicial até a confirmação, check-out e devolução, pode ser feito de maneira conveniente por meio do celular, tablet ou desktop.
Para garantir a tranquilidade dos proprietários, a EagleShare oferece um seguro que cobre até US$ 25 mil dos sinistros com a moto e ainda tem cobertura de US$ 1 milhão para terceiros. Como o seguro oferecido pela empresa vale apenas nos Estados Unidos, o serviço de compartilhamento peer-to-peer está disponível, por enquanto, apenas naquele país.
Fundada em 2017, a 4Ride oferece um serviço semelhante, mas que funciona como uma espécie de clube de motos premium. “Muita gente faz a conta e percebe que roda pouco com sua moto de alta cilindrada e opta pela propriedade compartilhada”, afirma Gustavo Carvalho, 40 anos, um dos fundadores da 4Ride.A empresa vende cotas de 25% de diversos modelos de motos. As cotas variam de R$ 15 mil a mais de R$ 30 mil, dependendo do modelo escolhido para “compartilhar” com os amigos. Os participantes pagam uma taxa de administração mensal de R$ 300 para que a moto esteja sempre em ordem, e podem usá-la, em média, uma semana por mês. “Se forem quatro semanas, você detém 25% da moto e pode usá-la durante uma semana. Também tem uma agenda especial por ano, caso o motociclista queira fazer uma viagem mais longa”, exemplifica Carvalho.
O proprietário também tem a oportunidade de usufruir de outros modelos de moto que estejam na mesma faixa de preço da cota que adquiriu. Atualmente, a 4Ride conta com 20 motos compartilhadas e viu a procura crescer, no ano passado, durante a pandemia.