Neste ano, os combustíveis já tiveram três aumentos e ainda estamos em fevereiro. Com isso, o preço do litro da gasolina nos postos de combustível chegou a R$ 5 em algumas cidades e, até mesmo, ultrapassa esse valor em outras. Para muitos, o alto preço dos combustíveis é a motivação que faltava para procurar meios de transporte mais econômicos e eficientes – e as motos “sem embreagem”, como scooters e CUBs, aparecem como uma boa opção para os iniciantes.
Quando se fala em economia de combustível, as motocicletas sempre aparecem no topo da lista entre os veículos com menor consumo. Afinal, atualmente, um modelo de baixa capacidade (a tal “cilindrada”), com 150 cm³, por exemplo, pode rodar até 50 quilômetros com 1 litro de gasolina.
Dentre os tipos de moto, as scooters e CUBs, projetadas com para a mobilidade urbana, são ideias para quem quer começar a se locomover em duas rodas. “Por serem automáticas, as scooters são muito procuradas por aqueles que estão começando. Além do conforto, são fáceis de pilotar e muito econômicas”, afirma Marcello Torres, 50 anos, supervisor do Centro Educacional do Trânsito Honda, em Recife (PE).
Para quem pensa em começar a andar de moto ou já é habilitado, mas quer comprar a sua, o especialista em técnicas de pilotagem aconselha a escolher modelos de menor capacidade. “Andar de moto, como tudo na vida, é prática. Por isso, é ideal começar com modelos de 125, 150 cilindradas, para depois ir subindo ‘degrau por degrau’”, aconselha Torres.
As motos menores também cumprem sua função dentro da mobilidade urbana, oferecendo facilidade de pilotagem e economia de combustível. Além de servirem de aprendizado aos novatos.
Atualmente, todas as motocicletas, até scooters e motonetas, saem de fábrica com tecnologias que ajudam os iniciantes, ressalta Marcello Torres. “Os freios combinados são uma tecnologia que auxilia muito quem tem menos experiência”, analisa. Modelos como a Elite 125, scooter de entrada da Honda, já trazem o sistema de freios combinados, que distribui a frenagem entre as duas rodas e corrige a falha de muitos motociclistas em não usar o freio dianteiro.
Embora as motocicletas urbanas sejam as campeãs de venda no Brasil, as motonetas, como a Honda Biz, também são muito populares, respondendo por 15,5% do mercado. As scooters também têm crescido sua participação nas vendas e representaram 8,3% das motos vendidas em 2020.
Seguindo os conselhos do instrutor de pilotagem da Honda, selecionamos motonetas e scooters de baixa capacidade cúbica – e preço público sugerido de até R$ 15 mil – que, por serem motos “sem embreagem” são fáceis de pilotar e também prezam pela economia de combustível. Confira.
Modelo de entrada do line-up de scooters da Honda, o Elite tem motor de 125 cc com a facilidade do câmbio automático CVT e roda até 53 quilômetros com 1 litro de gasolina, segundo a marca.
Embora seja o modelo mais barato, tem iluminação em LED e painel digital. Há espaço para um capacete aberto sob o banco e dois porta-objetos no escudo frontal. Tem rodas pequenas (12 polegadas, na dianteira, e 10, na traseira) e freio a disco apenas na frente, com sistema CBS (Combined Braking System), que distribui a força de frenagem entre as rodas. Ideal para trajetos urbanos e por avenidas de boa pavimentação.
Motor: 1 cilindro, 125 cc (gasolina)
Potência: 9,34 cv
Câmbio: automático CVT
Preço: R$ 9.280*
A scooter de 125 cc da Yamaha também tem como atrativo a facilidade de pilotagem, pois usa câmbio automático (tipo CVT). Leve, 97 quilos, e com assento baixo (77,5 centímetros), a Neo é ideal para quem nunca andou de moto. O diferencial do modelo são as duas rodas de 14 polegadas, que oferecem mais estabilidade. O freio a disco também está presente apenas na roda dianteira, mas existe o sistema combinado, que a Yamaha chama de unificado, para distribuir a frenagem. Também comporta um capacete aberto sob o assento, além de porta-objetos e um gancho atrás do escudo.
Motor: 1 cilindro, 125 cc (gasolina)
Potência: 9,8 cv
Câmbio: automático CVT
Preço: R$ 9.890*
A motoneta (ou CUB) é uma das motos mais vendidas no Brasil e faz sucesso entre as mulheres. A Biz 125 se diferencia das scooters porque tem câmbio rotativo de quatro velocidades e embreagem semiautomática, ou seja, não há manete, mas é preciso pisar no pedal para trocar de marcha. Seu motor também é bicombustível, podendo ser abastecido com gasolina ou etanol.
Com rodas de liga leve e aro 17, na dianteira, a Biz é mais robusta e enfrenta melhor ruas e avenidas esburacadas. O sistema de freios é combinado, mas há disco apenas na frente. Também oferece espaço para transportar objetos debaixo do banco, onde também há uma tomada de 12 V para carregar o smartphone. A motoneta também é vendida em uma versão menos potente, de 110 cc, e mais barata.
Motor: 1 cilindro, 125 cc (gasolina/etanol)
Potência: 9,2 cv
Câmbio: rotativo de quatro marchas
Preço: R$ 10.590*
A scooter de origem chinesa é vendida, no Brasil, pela JTZ Motos, que também representa a Suzuki. Leve e compacta, tem motor de 150 cc, com injeção eletrônica, e o prático câmbio CVT automático. Com rodas pequenas (12 polegadas, na dianteira, e 10, na traseira), a VR 150 tem freio a disco só na frente e tambor atrás, com sistema combinado. Também tem espaço debaixo do banco, mas vem de fábrica com um baú, que aumenta sua capacidade de carga, para levar as tralhas do dia a dia.
Motor: 1 cilindro, 150 cc (gasolina)
Potência: 10,8 cv
Câmbio: automático CVT
Preço: R$ 12.795*
Scooter mais vendida no Brasil, a PCX 150 já tem motor superior em potência e em tecnologia, como o sistema “idling stop”, que desliga o motor em paradas mais longas para economizar combustível e poluir menos. O câmbio é do tipo CVT e, portanto, automático. O painel é digital e o sistema de iluminação é todo em LED. A versão com ABS tem chave de presença (Smart Key) e freio a disco nas duas rodas, mas o sistema antitravamento atua apenas na dianteira. As rodas de liga leve são de 14 polegadas. O espaço sob o assento é amplo e comporta até um capacete integral. Há ainda um porta-luvas no escudo frontal, que traz tomada de 12 V.
Motor: 1 cilindro, 150 cc (gasolina)
Potência: 13,2 cv
Câmbio: automático CVT
Preço: R$ 13.990*
Recentemente renovada, a NMax também adotou a tecnologia “Start & Stop”, além de ganhar farol e lanterna em LED e chave de presença Smart Key, como a da Honda PCX. A scooter da Yamaha se destaca pelo motor, o mais potente na categoria, com 15,4 cv, e pelo sistema ABS nas duas rodas – ambas de 13 polegadas. O câmbio é CVT, como na grande maioria das scooters. O compartimento sob o banco armazena facilmente um capacete integral, e a NMax 160 ainda conta com porta-objetos com tampa e uma tomada de 12 V.
Motor: 1 cilindro, 160 cc (gasolina)
Potência: 15,4 cv
Câmbio: automático CVT
Preço: R$ 14.990*
A taiwanesa Kymco, especializada em scooters, também é vendida no Brasil pela J.Toledo. A Agility 200 é o modelo de entrada da marca e, apesar do nome, seu motor tem 163 cm³ de capacidade e apenas 12,5 cv de potência máxima. Por outro lado, oferece roda aro 16, na dianteira, e 14, na traseira. Os freios a disco em ambas contam com sistema ABS. O compartimento sob o banco tem pouco espaço, mas a scooter é vendida com um baú de 16 litros de série.
Motor: 1 cilindro, 163 cc (gasolina)
Potência: 12,5 cv
Câmbio: automático CVT
Preço: R$ 14.250** Preço público sugerido sem frete ou seguro (base: Distrito Federal)