A Royal Enfield anunciou a abertura de uma segunda fábrica no Brasil a partir de janeiro de 2025. A marca indiana terá mais uma linha de montagem em Manaus (AM) em parceria com o Grupo Multi. Desde dezembro de 2022, a Royal já monta suas motocicletas na capital amazonense em parceria com a Dafra.
A segunda “fábrica” da Royal Enfield também funcionará no formato CKD (Completely Knocked-Down), ou seja, as motos vem desmontadas da Índia e são montadas em Manaus. Neste caso, contudo, o grupo Multi, que também monta as motos elétricas da Watts, será o responsável pela operação.
“Estamos trazendo um segundo parceiro para produção. Agora teremos Dafra e Grupo Multi conosco na montagem das motocicletas para atender com mais agilidade o mercado brasileiro”, explica Gabriel Patini, diretor executivo da Royal Enfield na América Latina.
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A Royal Enfield vive o melhor momento no mercado brasileiro, com mais de 14 mil motos vendidas entre janeiro e outubro deste ano. Só a Hunter 350, moto mais barata da marca, já emplacou 4,7 mil unidades em 2024. Além de recorde, o volume representa um crescimento de 50% nas vendas em comparação com o mesmo período de 2023.
Entretanto, chega perto da capacidade produtiva contratada com a Dafra, de 15 mil motos/ano. Dessa forma, a nova fábrica da Royal Enfield ampliará a produção e ajudará nos planos de expansão da marca no Brasil.
Até o final de 2024, a Royal deve chegar a 36 concessionárias espalhadas pelo País. Além de oferecer um melhor serviço de pós-venda aos clientes, o crescimento da rede é estratégico para comercializar os próximos lançamentos prometidos pela marca.
De acordo com a Royal Enfield, até o final do seu ano fiscal em março de 2025, chegam ao mercado brasileiro a aguardada Himalayan 450 e a Shotgun 650. Já para o ano fiscal 2025-2026, a marca promete o lançamento da Guerrilla 450, da Classic 650 e da Bear 650.
“O novo CKD reforça nossa atuação e nosso compromisso de trazer todos os modelos que façam sentido para nosso mercado e, também, uma entrega com mais agilidade para nossos clientes para que possam receber suas motocicletas e rapidamente desfrutar, o máximo do estilo de vida Royal Enfield”, diz o diretor executivo da marca na América Latina.
Além de permitir a produção de novos modelos, a segunda operação da CKD da Royal Enfield no Brasil deve ajudar a atender a falta de alguns modelos. Embora prometa o lançamento de novas motos, a Royal tem tido dificuldades para atender a demanda da Super Meteor 650 no mercado brasileiro.
Clientes têm reclamado nas redes sociais de atrasos na entrega da custom, cujas vendas superaram as expectativas da empresa. Algumas concessionárias, inclusive, não aceitam mais reservas.
Em outubro, foram emplacadas 330 unidades da Super Meteor. De acordo com o executivo da Royal Enfield, a previsão é zerar as entregas das reservas existentes até o primeiro bimestre de 2025.
Nesse cenário, as parcerias para montagem das motos com a Dafra e o Grupo Multi são fundamentais se a Royal Enfield quiser continuar crescendo no País. “Queremos nossa capacidade instalada em atividade plena o mais breve possível”, finalizou Patini.