Em clima de festa, após apresentar oito lançamentos para 2025, a Yamaha celebrou, ontem, 14/10, a produção de 5 milhões de motos no Brasil. A fabricante japonesa alcançou a marca histórica por volta das 10h20 quando uma Fazer FZ-25 saiu da linha de montagem em Manaus (AM).
“Cinco milhões de motocicletas é mais que um número, é o testemunho do nosso compromisso com a qualidade, a inovação e a nossa paixão pelo motociclismo”, comemorou Rafael Lourenço, gerente de Relações Institucionais da Yamaha Motor do Brasil.
A Yamaha está no Brasil desde 1970, quando ainda importava motos, como a Mini Enduro de 50 cc e a R5 de 350 cc. Quatro anos mais tarde, já com a fábrica instalada em Guarulhos, na Grande São Paulo, a Yamaha produziu a primeira moto brasileira, uma RD 50, em 10 de outubro de 1974.
Em outubro de 1985, a Yamaha inaugurou sua segunda fábrica, maior e mais bem equipada, em Manaus (AM). De lá para cá, a marca cresceu e hoje ocupa o posto de segunda maior fabricante de motos do país. Para este ano, a marca projeta emplacar 335 mil motos e crescer 18% em comparação a 2023.
Atualmente, o portfólio da marca inclui 30 modelos de motocicletas, 29 de motores de popa e nove de motos aquáticas, as Waverunners. O grupo Yamaha conta com 597 concessionárias, emprega mais de 3,4 mil funcionários e produz, em média, 1.800 motocicletas por dia e 800 motores de popa por mês.
Para celebrar o marco de 5 milhões de motos Yamaha produzidas no Brasil, escolhemos cinco modelos que fizeram parte da história da marca e do segmento de duas rodas no País. Afinal, a fabricante japonesa já produzimotos no Brasil há 50 anos; confira!
Primeira moto “made in Brazil”, a pequena cinquentinha tinha motor monocilíndrico de 49 cm³, dois tempos. O motor produzia 6,3 cv de potência máxima a 9.500 e torque máximo de 0,5 kgf.m a 8.500 rpm. A pequena RD 50 era leve e atingia 80 km/h de velocidade máxima. Seu quadro tubular de berço duplo era uma inovação para a época, uma vez que outras motos de 50 cc tinham quadros de aço estampado.
Primeira motocicleta a sair da linha de produção da recém-inaugurada fábrica em Manaus, foi a DT 180 N. O modelo teve grande contribuição para tornar o segmento trail tão popular no Brasil. Com rodas raiadas e aro 21, na dianteira, a DT 180 também tinha escapamento alto, para atravessar rios, e um “nervoso” motor dois tempos. Seus para-lamas altos e guidão largo faziam sucesso entre os trilheiros.
A pequena YBR, lançada em 2000, marcou uma mudança na estratégia da marca no Brasil. O modelo foi a primeira 125 cc quatro tempos fabricada pela marca no país. Voltada para o uso urbano, a YBR 125 veio para brigar de frente com a Honda CG e conquistou muitos fãs. Foi atualizada em 2009, e ficou em linha até 2013, quando foi substituída pela Factor 125.
Em 2005, a Yamaha lançava a Fazer 250. Com estilo street, a moto trazia o primeiro motor monocilíndrico de 249,4 cm³ com injeção eletrônica do país. Seis anos mais tarde, a Fazer teve seu visual reformulado e ganhou contornos mais esportivos. Já em 2012, voltou a ser pioneira ao receber uma versão equipada com propulsor bicombustível.
Prova da confiabilidade de seu motor é que ele deu origem a diversas versões, como a Lander 250 e a Téneré 250. O motor, lançada em 2005, é a base para a nova Fazer FZ-25 e também para a renovada Lander 250.
Embora a produção só se inicie em 2025, a Neo´s também merece um lugar na lista. Afinal, trata-se da primeira scooter elétrica de uma grande fabricante produzida no País. Equipada com um motor elétrico na roda traseiro, a Neo´s tem velocidade máxima de cerca de 45 km/h. Dotada de duas baterias, a scooter elétrica da Yamaha tem autonomia para cerca de 40 km.
*O jornalista viajou a convite da Yamaha