Mais e mais pessoas estão lendo e escrevendo mensagens de texto enquanto dirigem, revelou um estudo da Allianz. De acordo com a pesquisa, a proporção de motoristas que usam o celular para ler ou enviar texto ao volante passou de 15%, em 2016, para 24%, em 2022.
“Esse crescimento é preocupante e perigoso. Qualquer pessoa que envie mensagens de texto enquanto dirige aumenta o risco de um acidente em mais de 50%”, alerta Christoph Lauterwasser, head do Allianz Center for Technology (AZT). O estudo do Grupo Allianz, consolidado no ano passado, foi realizado na Alemanha e traz dados levantados em 2016 e atualizados em 2022.
Por outro lado, os condutores que usam o telefone para fazer uma chamada de voz com o dispositivo na mão caiu de 25% para 16%. Os motoristas entrevistados que admitiram escrever mensagens de texto com o celular na mão passou de 8% para 16% no período. Já os que leem mensagens de texto subiu de 14% para 21%.
Além de usar o celular para ler e enviar mensagens de texto, os motoristas fazem uso de outras funções e aplicativos. O percentual de pessoas que afirmaram fazer isso enquanto estão ao volante passou de cerca 6% (2016) para 22% (2022). “Telefones celulares ou outros dispositivos eletrônicos portáteis estão sendo cada vez mais usados para jogar, selecionar músicas, ver fotos, navegar na internet ou outros propósitos”, declara Lauterwasser.
Os condutores jovens com idades entre 18 e 24 anos correm risco maior de condução distraída devido ao uso do celular ao volante. Segundo a pesquisa, 30% dos motoristas nessa faixa etária dizem que utilizam o smartphone enquanto dirigem. Entre os motoristas de todas as faixas etárias, essa média é de 16%.
Embora tenha sido realizada com motoristas na Alemanha, os dados também valem para o Brasil, como mostram outros estudos feitos no País. Afinal, refletem um comportamento muito comum entre os motoristas no mundo inteiro.
“Usar um smartphone enquanto dirige tornou-se uma parte normal da vida cotidiana. Ao mesmo tempo, o número de possíveis distrações nos veículos está aumentando”, diz Lucie Bakker, diretora de Sinistros da Allianz Versicherungs-AG. “Embora muitos motoristas estejam cientes do perigo, eles não transferem essa percepção para a condução do dia a dia. É isso que está no cerne do problema e pode ser fatal. A distração ao dirigir não deve ser um hábito.”