Desde 2014, os números de mortes no trânsito, no Brasil, estão caindo, ano após ano. Dentre alguns fatores, um muito importante foi a criação do Movimento Maio Amarelo, em 2014, para chamar a atenção para o alto índice de óbitos e feridos nas ruas, rodovias e estradas em todo o mundo e também estimular a participação de população, empresas, governos e entidades, com ações coordenadas entre o Poder Público e a sociedade civil.
Desde o início do movimento, o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) – com quem o Estadão firmou parceria para dar cada vez mais visibilidade à questão da segurança viária –, instituição social sem fins lucrativos, prepara as campanhas do Maio Amarelo. Neste ano, o tema é Respeito e Responsabilidade: Pratique no Trânsito, e tem como apoiadores e parceiros centrais a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e o Serviço Social do Transporte/Serviço Nacional de Aprendizagem no Transporte (Sest/Senat).
Além de vídeos e ações diversas, a campanha mostra 23 imagens que ajudam a refletir sobre atitudes que colaboram para um tráfego seguro. “Se nada tivesse sido feito e com o número de mortes crescente até 2014, chegaríamos, em 2019, a quase 54 mil óbitos por ano. Ou seja, estamos ‘economizando’ cerca de 82 mil vidas nos últimos cinco anos, prováveis vítimas fatais”, revela José Aurelio Ramalho, diretor- presidente do observatório. “O slogan mostra bem nossa atual vivência: muita impaciência e intolerância”, explica Ramalho. “É preciso parar e refletir como o trânsito representa esse estado de espírito. Por isso, o Maio Amarelo quer fazer pensar: será que é preciso ser assim?”, diz Ramalho.
Mesmo com as ações para que todos os públicos – pedestres, ciclistas, motoristas, passageiros e motociclistas – respeitem as regras ocorrendo em ambiente virtual, o engajamento precisa continuar: o País detém a quarta posição entre os que mais perdem vidas em acidentes viários no mundo, conforme estudo de 2019 da Organização Mundial da Saúde (OMS), atrás apenas da China, Índia e Nigéria. “Apesar de ainda ocuparmos os primeiros lugares no total de mortes, sabemos que mudar o comportamento das pessoas é uma das tarefas mais difíceis”, reconhece Ramalho.
Vários fatores ajudam a salvar vidas
Os sinistros de trânsito são um evento complexo, influenciado por aspectos que vão desde o comportamento humano até as questões da via e as condições dos veículos. Por isso, entre as prováveis causas da redução de mortes ao longo dos últimos anos, estão:
Fonte: ONSV
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