Pretende viajar de carro? Essa é uma oportunidade altamente recomendada para fazer uma inspeção cuidadosa dos pneus — ainda mais se a frequência, depois de tempos de isolamento, não tem sido a ideal. Isto é, chegou a hora daquela checagem obrigatória que ajuda a identificar situações de desgaste, que exigem a substituição imediata por um novo.
Os famosos pneus “carecas” são aqueles que perderam os sulcos circunferenciais e radiais, o “desenho” da banda de rodagem. Nesse estado, eles não funcionam como deveriam — especialmente na chuva, pois a água é drenada pelos sulcos, fazendo com que o carro passe a navegar sobre um colchão de água, ainda mais em alta velocidade, a chamada aquaplanagem. “Nesta situação, o condutor perde o controle da direção e a frenagem também é prejudicada, expondo-se a incidentes,” explica Rodrigo Alonso, diretor de vendas e marketing da Dunlop.
Ele ainda reforça que calibragem, alinhamento e balanceamento são rotinas básicas e muito eficientes para a segurança do veículo. E explica a diferença: enquanto a calibragem garante a pressão correta dos pneus, o alinhamento é responsável pela estabilidade e a correção dos ângulos da suspensão e da direção do veículo — o que mantém o desgaste uniforme, garantindo maior durabilidade. Já o balanceamento equilibra o peso do conjunto de rodas e tem como objetivo eliminar as vibrações do volante e o consequente desgaste prematuro dos pneus.
Em mau estado de conservação, esses equipamentos prejudicam a segurança e infringem o estabelecido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que é bem claro quanto à proibição de trafegar com veículos com pneus cujo desgaste da banda de rodagem tenha atingido os indicadores — ou cuja profundidade remanescente da banda de rodagem seja inferior a 1,6 mm. E pesam no bolso também: sendo uma infração grave, conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), rende multa de R$ 195,23, e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) — e a medida vale, inclusive, para o estepe.
1 – Observe que cada carro tem um pneu específico e considere as dimensões recomendadas pela montadora, tipo de utilização do automóvel (uso urbano, comercial ou misto), entre outras. Todas as partes do veículo são projetadas para interagirem de forma equilibrada e utilizar pneus e rodas diferentes altera essa dinâmica. Portanto, manter essas características originais evita a perda de desempenho.
2 – Fique atento ao TWI (Tread Wear Indicator), um indicador de desgaste da banda de rodagem que todos os pneus possuem e aparece em destaque no equipamento. Quando eles atingem essa marca, mesmo que em apenas um ponto da banda, é imprescindível realizar a troca, evitando maiores problemas. Isso porque há o comprometimento da eficiência nas frenagens em piso seco e, principalmente, em pista molhada.
3 – A regra TWI não é válida para pneus com bolhas, rasgos ou perfurações — nesses casos, a substituição deve ser imediata.
4 – O recomendado é trocar os quatro pneus ao mesmo tempo, caso tenham sido utilizados de forma uniforme. Isso possibilita que estejam todos nas mesmas condições.
5 – Se não for possível adquirir dois conjuntos, o par de novos deve ser colocado no eixo traseiro, o maior responsável pela estabilidade do veículo.
6 – Cheque a pressão toda vez que abastecer o carro para ter mais conhecimento e tranquilidade sobre o estado dos pneus. Em ordem, eles promovem mais segurança e conforto, além de rodar mais quilômetros com a mesma quantidade de combustível.
7 – A correta checagem também diminui os custos de manutenção do veículo e aumenta a vida útil dos pneus, das rodas e do conjunto de suspensão.
8 – Sempre que notar trepidação ou desalinhamento no curso da direção, ou também de maneira preventiva, providencie o alinhamento e balanceamento. Um carro desalinhado “puxa” para um dos lados e faz com que o pneu se desgaste irregularmente. Já os desbalanceados consomem mais combustível e tornam o rodar bastante desconfortável.
9 – Utilize o modelo indicado para cada tipo de solo. Rodar na cidade com uma versão destinada ao uso em terra (fora de estrada) provocará perdas no consumo de combustível, na estabilidade e na durabilidade das peças do veículo.
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