O trânsito da cidade de São Paulo tem passado por uma reformulação no trânsito. Desde o início do ano, a Prefeitura da capital paulista tem implementado o projeto de serviço de manutenção e modernização da rede semafórica, instalando semáforos inteligentes em várias regiões da cidade.
Durante os próximos três anos, o projeto prevê a instalação de semáforos inteligentes em vias com grande demanda e tráfego. Também conhecidos como semáforos adaptativos, esses equipamentos são pré-programados. Com isso, esse novo sistema consegue, por exemplo, reorganizar o tempo de abertura de cada sinal.
“Ele tem um parâmetro mínimo e máximo dentro das condições de trânsito”, explica Maurício Nastari, diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo (SP Regula).
Um dos principais objetivos dos novos semáforos é melhorar a fluidez no trânsito nos locais onde ocorre maior circulação de veículos. De acordo com Nastari, a prioridade é atualizar os semáforos presentes no minianel viário, expandindo para algumas outras vias mais movimentadas.
Esses semáforos utilizam sensores e algoritmos para melhorar o fluxo de veículos e pedestres nas vias públicas. O sistema ainda consegue monitorar o tráfego em tempo real e ajustar o tempo dos semáforos de acordo com as condições de tráfego em cada momento.
Em toda a capital paulista, são, no total, 27.000 semáforos. Até hoje, São Paulo já tem em funcionamento semáforos inteligentes em 16 cruzamentos: 111 em execução e mais 113 em fase final de projeto.
“A gente diminuiu muito a quantidade de problemas que a cidade tem [com semáforos]”, afirma Nastari. Em quase um ano de funcionamento, o registro médio de semáforos em São Paulo com algum tipo de problema caiu, segundo o diretor. No ano passado, eram mais ou menos 2% dos semáforos com algum tipo de problema; cerca de 6mil, diariamente. Hoje, o número está em 0,30%.
Os problemas também variam, indo desde lâmpadas queimadas a possíveis tentativas de furto de cabos de energia, em crescimento no País. Em janeiro deste ano, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou quase 20 chamados por dia referentes a vandalismo para furto de cabos de semáforos.
Com o semáforo adaptativo, a manutenção pode acontecer remotamente. “Não precisa ter um agente na rua pra acionar o controlador, poderá ser feito remotamente, [a gente] ganha em eficiência”, explica.
A SP Regula assumiu a manutenção do sistema de semáforos da capital no dia primeiro de setembro do ano passado. O Termo de Aditamento ao contrato de Parceria Público Privada (PPP) de Iluminação Pública passou a valer no mesmo período. O projeto prevê a duração de 17 anos para o contrato e que a concessionária ficará responsável pela substituição e modernização da infraestrutura semafórica.