6 informações sobre a Linha 15-Prata de monotrilho de São Paulo

Hoje, a linha dá acesso ao Terminal São Mateus, que recebe ônibus municipais e intermunicipais. Foto: Divulgação

09/03/2023 - Tempo de leitura: 4 minutos, 38 segundos

A Linha 15-Prata de monotrilho de São Paulo é uma importante ligação da Zona Leste da cidade. Afinal, são 11 estações em uma extensão de 14,6 km.

Hoje, a linha dá acesso ao Terminal São Mateus, que recebe ônibus municipais e intermunicipais. Além disso, há integração tarifária com a Linha 2-Verde do metrô, na Estação Vila Prudente.

Veja abaixo 6 informações para conhecer mais sobre a Linha 15-Prata de monotrilho de São Paulo:

Inauguração do primeiro monotrilho do Brasil

O primeiro trecho da Linha 15-Prata foi inaugurado pelo Governo do Estado de São Paulo em agosto de 2014. Contudo, a operação comercial começou em 10 de agosto de 2015, entre as estações Oratório e Vila Prudente, em uma extensão de 2,9 km.

Desde o início já havia a integração com a Linha 2-Verde. A primeira vez em que a operação comercial foi realizada, teve horário reduzido, das 7h às 19h. Hoje, a linha opera das 4h40 à meia-noite.

De acordo com o Governo do Estado, a Linha 15-Prata é o primeiro monotrilho do Brasil. Desde o início, a operação já foi em modo totalmente automático. Ou seja, sem a presença de um operador de trem. 

Extensão

Atualmente, a extensão do monotrilho é de 14,6 km. A linha opera com as seguintes estações: Vila Prudente, Oratório, São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói, Vila União, Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta, São Mateus e Jardim Colonial.

Próximas estações

Em dezembro de 2022, o Governo do Estado autorizou o início das obras de duas estações: Boa Esperança e Jacu Pêssego. Além disso, começou também a construção do pátio Ragueb Chohfi, para estacionamento dos trens.

Com a expansão até Jacu Pêssego, a linha passará a ter 17,6 km e 13 estações. De acordo com o Governo do Estado, a expansão até Ipiranga está na fase de licitação das obras, que vai acrescentar mais 1,8 km e uma nova estação.

Entretanto, o projeto inicial da linha previa a ligação do Ipiranga até a Cidade Tiradentes. Na época, a promessa era para a criação de 18 estações em 26,6 km de extensão, com data de inauguração de todo o trecho prevista para 2012.

Portanto, faltam ainda as estações Ipiranga, Boa Esperança, Jacu Pêssego, Jardim Marilu, Jardim Pedra Branca, Cidade Tiradentes e Hospital Cidade Tiradentes.

A primeira promessa foi feita pelo então governador José Serra em 2009, prevendo a inauguração de parte da linha em 2010 e a expansão completa até Cidade Tiradentes em 2012. Já em 2013, o governador da época, Geraldo Alckmin, adiou o prazo para janeiro de 2014 para a inauguração do primeiro trecho. Desde então, os prazos vêm sendo alterados enquanto as obras seguem em andamento.

Demanda

Em novembro de 2022, a Linha 15-Prata chegou a transportar 117 mil usuários por dia, considerando os dias úteis. Esta foi a maior média diária até o momento.

Contudo, a previsão é de que, quando a linha estiver completa, a linha chegue a transportar até 480 mil passageiros por dia.

Vantagens do sistema

De acordo com o Governo do Estado, o sistema traz diversas vantagens. Em primeiro lugar, o sistema utiliza a tecnologia driverless, ou seja, tem a operação autônoma sem a presença de condutor.

Além disso, opera em uma via elevada, de 15 a 20 metros de altura, a depender do trecho. Por fim, veículos são equipados com câmeras no interior dos carros, gravação de imagens, passagem livre entre os carros e ar-condicionado.

Ainda segundo o governo, o sistema tem a mesma qualidade do metrô subterrâneo. Além disso, oferece mais rapidez nas viagens, em comparação com o transporte individual por carros, por exemplo.

Histórico de problemas

Apesar das vantagens listadas pelo governo, a Linha 15-Prata de monotrilho de São Paulo possui um extenso histórico de problemas. Na quarta-feira, 8 de março, uma colisão entre dois trens paralisou a operação.

Com isso, ônibus gratuitos atenderam em toda a extensão. Embora o trem estivesse sem passageiros, dois operadores estavam nos trens e um se feriu de forma leve.

Por volta das 11h, a circulação na linha foi parcialmente retomada, entre as estações Vila Prudente e Vila Tolstoi. Na quinta-feira, 9, a operação normalizou. De acordo com o Metrô, a causa do acidente ainda está em investigação.

O caso não foi o primeiro de colisão. Em janeiro de 2019, dois trens bateram na região da Estação Jardim Planalto, também vazios.

O histórico de problemas também inclui grandes paralisações. Em fevereiro de 2020, um jogo de pneus da composição M20 estourou e a retomada da operação foi apenas em junho do mesmo ano.

Em setembro de 2022, um pedaço de concreto da viga do monotrilho caiu na ciclovia da Avenida Professor Luís Ignácio de Anhaia Mello, entre as estações Oratório e São Lucas. Na época, o Metrô explicou que o motivo foi um serviço de manutenção.

Já em janeiro de 2023, foram registradas duas paralisações por falha no sistema de controle de trens. Além disso, um pedaço de concreto em uma viga deslocou entre as estações Vila Prudente e Oratório. Neste caso, também houve interrupção entre as estações Vila Prudente e Vila União.

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