A mudança climática tem intensificado a frequência e a gravidade dos eventos extremos em todo o mundo, e o Brasil não é exceção. Nos últimos anos, o País tem registrado aumento significativo nas perdas econômicas e sociais causadas por inundações, deslizamentos, tempestades, ondas de calor e elevação do nível do mar. Essas mudanças afetam diretamente infraestruturas críticas como as rodovias, que são ativos fundamentais para o funcionamento do País.
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Dados do governo federal indicam que o Brasil perdeu R$ 485 bilhões com desastres naturais nos últimos 11 anos. Esse prejuízo poderia ser reduzido ou mitigado com maior atenção às questões climáticas, especialmente considerando que o custo de prevenção é, em geral, inferior ao necessário para lidar com os desastres.
Nesse contexto, as concessionárias e o poder concedente das rodovias devem priorizar um diagnóstico de riscos climáticos preciso e aprofundado, para orientar decisões importantes e de longo prazo em investimentos financeiros e desenvolvimento social.
Uma das principais estratégias para esse diagnóstico é a interpretação correta de informações com base em cenários climáticos e em dados específicos de cada trecho rodoviário. As análises precisam ser abrangentes, considerando tanto o ativo quanto seu entorno, mapeando os possíveis riscos do projeto e delineando medidas de adaptação.
Atualizações e reforços da infraestrutura existente são essenciais para tornar as rodovias mais resistentes a eventos climáticos extremos. Como melhorias nos sistemas de drenagem, construção de barreiras contra enchentes e reforço de estruturas para suportar ventos fortes e chuvas intensas.
Assim, esses aprimoramentos devem estar associados a planos de contingência bem elaborados, com protocolos claros para respostas emergenciais, evacuação de áreas de risco e recuperação pós-evento, os quais, se bem mapeados no diagnóstico, têm maiores chances de sucesso. Além disso, a análise de riscos deve ser contínua, recorrente, além de constantemente atualizada.
Cada rodovia possui características únicas. Por isso, uma análise de risco climático deve ser conduzida de forma individualizada, seguida de uma análise de portfólio. Quanto mais informações estiverem disponíveis, maior será a previsibilidade do projeto, proporcionando qualidade e segurança nas decisões estratégicas de longo prazo.
Ampliando a perspectiva, os resultados do diagnóstico podem embasar discussões e revisões de regras e políticas junto aos órgãos regulatórios e outros interessados.
Recentes alterações nas normas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) buscam abordar questões ambientais nas obras de infraestrutura de concessionárias e rodovias.
Dessa forma, em julho, o Ministério dos Transportes publicou uma portaria que estabelece que ao menos 1% da receita bruta de contratos de concessões rodoviárias federais seja destinado a investimentos em infraestrutura sustentável nas rodovias.
Nos novos projetos de concessões rodoviárias, devem ser incluídas ações que promovam alternativas sustentáveis para coleta e descarte de recursos, conservação da fauna e flora, incentivo à eficiência energética e uso de fontes de energia renováveis.
Entretanto, para os contratos vigentes, a ANTT será responsável por realizar estudos técnicos para identificar áreas vulneráveis e mapear necessidades de ações que promovam a adequação dos contratos.
Na WayCarbon, por meio de um sistema tecnológico integrado e serviços consultivos, apoiamos empresas do setor de infraestrutura desde a fase de diagnóstico dos riscos climáticos até o desenvolvimento de planos de ação para enfrentá-los.
Fornecemos dados confiáveis para embasar a tomada de decisões, guiando as organizações com o objetivo de tornar as rodovias mais sustentáveis e resilientes aos eventos climáticos extremos.
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