O cenário de mobilidade urbana é dinâmico e envolve múltiplos aspectos socioeconômicos. O acelerado processo de urbanização e o crescimento das cidades resultam em diversos impactos para a sociedade, como aumento de engarrafamentos, desigualdades, acidentes, poluição, entre outros.
Com base nessa realidade, o planejamento e uma gestão eficiente de mobilidade urbana são fundamentais para a promoção de boas práticas em inovação, governança e responsabilidade social e ambiental. Para avaliação e discussão desse cenário, o Estadão e a plataforma Connected Smart Cities (CSC) realizam a segunda edição do estudo das 100 empresas mais influentes em mobilidade.
A projeção de uma cidade do futuro e com perspectiva de crescimento sustentável é o grande desafio para a promoção da justiça social e ambiental. Espaços conectados e adaptados com sistemas de acessibilidade a toda população, independentemente da classe social, beneficiam a qualidade de vida e proporcionam segurança para os cidadãos.
Para a geração de uma mobilidade integrada e socialmente democrática, o poder público, entidades e empresas privadas precisam trabalhar em prol de serviços e soluções eficientes em modelos de transporte, de fácil acesso e baixo custo/benefício ao consumidor. Além do incentivo à mobilidade ativa, com base no uso de veículos de transporte leves, como bicicletas, e realização de caminhadas.
“O planejamento de um ecossistema urbano e termodinâmico de mobilidade em uma cidade como São Paulo, por exemplo, é muito complexo, principalmente para pessoas de baixa renda, que costumam morar longe de seus respectivos locais de trabalho e enfrentam longas jornadas”, analisa Pedro Jacobi, pesquisador e professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE-USP). “Por isso, é fundamental expandir o sistema coletivo de mobilidade e fortalecer também o uso de fontes energéticas renováveis. Logo, investir no avanço desses sistemas de mobilidade é essencial para a cidade obter uma configuração mais democrática, sustentável e inclusiva”, acrescenta Jacobi.
No levantamento deste ano das 100 empresas mais influentes, serão avaliadas 400 companhias do setor de mobilidade urbana, conforme áreas de atuação das corporações. Nesse âmbito, a comissão de jurados analisará propostas e estratégias de negócios com base nos seguintes critérios de avaliação:
• Inovação
• ESG
– Ambiental
Eficiência energética
Comprometimento com o meio ambiente
– Social
Direitos humanos
Inclusão (diversidade, equidade e inclusão)
– Governança
Transparência
Ética