O Sistema Único de Saúde (SUS) gastou R$ 15 milhões por ano, nos últimos dez anos, em tratamentos para ciclistas feridos em acidentes. Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) mostra que o número de atendimentos hospitalares envolvendo esse tipo de ocorrência aumentou 57% no período. A bicicleta elétrica é uma alternativa prática e sustentável e tem se tornado cada dia mais popular nos grandes centros urbanos. Com diversos modelos disponíveis, tem motor elétrico que auxilia na propulsão, funciona com bateria recarregável ou pode ser utilizada da forma tradicional.
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É uma opção adequada não só aos que desejam evitar o trânsito caótico das cidades como também para quem busca uma saída para o sedentarismo. Isso porque, como mostra um estudo recente, utilizar a bicicleta elétrica como meio de locomoção pode ser tão saudável quanto optar pelo modelo convencional.
Um estudo feito pela Universidade de Basileia, na Suíça, demonstrou que as e-bikes são capazes de proporcionar ganho no condicionamento físico. Foram analisados dois grupos formados por pessoas sedentárias e com sobrepeso que se deslocaram para o trabalho de bicicleta pelo menos três vezes por semana. Um dos times foi orientado a utilizar a bicicleta elétrica e o outro, a convencional.
Após um mês, o grupo que usou as e-bikes apresentou aumento da aptidão cardiorrespiratória muito próximo daqueles que utilizaram a bicicleta convencional. Entretanto, é preciso levar em consideração que esses resultados não correspondem às pessoas que têm alto nível de condicionamento físico; para esse público, a bicicleta comum ainda é a melhor escolha.
Ao contrário do que muitos pensam, a bicicleta elétrica não faz tudo sozinha. Mesmo tendo motor, ela exige esforço mínimo para a movimentação das pernas e muito equilíbrio para se manter em pé. Esses fatores ajudam a trabalhar a musculatura de todo o corpo e promovem um estilo de vida mais saudável. Assim, as e-bikes são mais indicadas para pessoas idosas e com sobrepeso.
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Levando-se em conta as limitações físicas do grupo, as opções motorizadas ajudam a minimizar a sobrecarga nas articulações sem deixar de exigir um esforço do ciclista. Quem costuma fazer trajetos com muitas subidas e não quer chegar suado ao trabalho também pode optar por esse veículo.
Além de proporcionar todos esses benefícios à saúde, exigem baixa manutenção, oferecendo conforto e funcionamento simples. Também são econômicas, pois alguns modelos chegam a circular 40 quilômetros sem a necessidade de recarregar a bateria.
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De acordo com o estudo Impacto Social do Uso da Bicicleta em São Paulo, desenvolvido pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e pelo Itaú, ao optar por usar a bicicleta, uma pessoa chega a evitar a emissão de 360 gramas de dióxido de carbono na atmosfera.
Dessa forma, o uso desse veículo não promove apenas benefícios individuais mas também é uma alternativa sustentável que contribui para a diminuição dos engarrafamentos e da poluição sonora e ambiental nas cidades.
Fonte: Bicycling, Cebrap, Estadão Summit Mobilidade
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