As vantagens proporcionadas pela Buser para quem deseja fazer viagens rodoviárias pelo Brasil já se tornaram muito conhecidas do público. Graças à combinação entre qualidade, segurança e preço acessível, o número de usuários que se cadastram no aplicativo aumenta a cada dia. A legião de clientes Buser está para alcançar a marca de 6 milhões ao final de 2021, aumento de mais de 80% em relação ao patamar do início do ano.
A partir do mais recente aporte de capital – R$ 700 milhões, em junho –, a empresa impulsionou o processo de diversificação dos negócios. Entre as iniciativas adotadas para o alcance do sucesso estão o marketplace de passagens de ônibus (hub de vendas que inclui as linhas rodoviárias), e o Buser Encomendas, serviço de transporte de cargas nos bagageiros dos ônibus.
“Em 2022 vamos completar cinco anos, e a ideia é alavancar ainda mais as novas frentes de negócio. É o caminho natural na nova economia: você tem de criar várias curvas, uma em cima da outra, e ter disciplina de enxergar o que está dando mais certo para direcionar recursos”, diz Marcelo Abritta, CEO e cofundador da empresa. A tecnologia continuará sendo a ferramenta e o diferencial em todas essas frentes.
Ao diversificar as fontes de receita, a Buser terá condições de viabilizar custos ainda mais atraentes para o público. “Nosso preço não é baixo: é justo. As empresas tradicionais é que cobram muito por conta do modelo antigo de negócio”, compara Abritta.
O Buser Encomendas, que atende lojas de e-commerce, varejistas ou encomendas em geral que precisam ser transportadas entre cidades, aproveita a disponibilidade de parte dos bagageiros nos dias de menor fluxo de passageiros, especialmente terças e quartas-feiras. A receita extra resultante desse serviço ajuda a viabilizar a equação financeira que viabiliza todo o sistema, ao mesmo tempo em que proporciona redução significativa de custos para os clientes em comparação ao transporte por caminhões.
Já o Buser Passagens é uma grande contribuição da empresa para digitalizar os serviços rodoviários do País como um todo. Trata-se de um marketplace que oferece passagens tradicionais, aquelas vendidas nas rodoviárias e operadas por companhias convencionais. Para participar, a viação precisa cumprir uma série de requisitos de qualidade e segurança. Mais de 60 empresas, de todas as regiões do País, como Expresso Adamantina, Grupo Roderotas e Expresso Transporte, já aderiram à iniciativa.
Para fazer dar certo esse segmento, que tem aumentado sua participação dentro do negócio, a Buser tenta baratear o custo dos bilhetes no marketplace: a empresa é a única no País que não cobra nenhum tipo de taxa – como as taxas de serviço ou conveniência –, prática recorrente no mercado, que chega a representar mais de 20% do valor da passagem entre as concorrentes. Assim, consegue vender mais barato do que outras plataformas online.
Na mesma linha de diversificação, a Buser vem trabalhando em outra frente de negócio: a oferta de financiamento às empresas de fretamento parceiras. A ideia é oferecer condições mais atraentes para renovação e ampliação das frotas, círculo virtuoso que resultará também em custos menores para os passageiros. “Como as empresas serão nossas parceiras, sabemos que o risco de que não consigam pagar as prestações cai muito. Com menos riscos, podemos oferecer melhores condições nos financiamentos”, descreve o CEO da Buser.
A Buser planeja ainda ir além dos ônibus. Para melhorar a qualidade de sua operação, a empresa negocia com parceiros a construção e operação de terminais turísticos e centros de compras da categoria strip mall, anexos a terminais para ônibus de turismo.
Os locais ainda estão sendo definidos, mas a empresa adianta que um dos focos será no Rio de Janeiro, sempre levando em consideração a logística de acesso dos ônibus e o menor impacto urbano possível.
Strip mall é uma espécie de shopping de vizinhança, em geral térreo, e com uma área ampla de estacionamento. Atrás da área de lojas, a Buser planeja instalar as plataformas de embarque e desembarque. Um empreendimento desse tipo permitirá atender tanto a população do entorno como os viajantes com conforto, segurança e uma área de comércio, serviços e alimentação.
A ideia de entrar nesse ramo se dá devido ao crescimento acelerado da plataforma, que vem batendo recordes consecutivos de vendas e passageiros mês a mês, desde agosto. De dezembro até o final de janeiro, a empresa espera embarcar mais de 2 milhões de passageiros em centenas de cidades brasileiras. Com isso, ela entende que precisa de novos locais – além dos pontos de embarque e desembarque hoje disponíveis – para melhorar o conforto e a praticidade para seus viajantes.