Em encontro com a imprensa realizado na quinta-feira (27/07), a Clarios, líder global de baterias de baixa voltagem, apresentou alguns dos planos da empresa. Entre eles, o projeto de bateria de íons de sódio (Na-ion) feita de ferro, madeira, água e ar que está sendo desenvolvido e tem previsão de cinco anos para ser finalizado.
Assim, a iniciativa é resultado da parceria com a Altris, divulgada pela empresa em janeiro deste ano, e que tem como objetivo desenvolver baterias de íons de sódio com potencial de até 60 volts para dar suporte a aplicações automotivas em veículos novos.
Da mesma forma, o equipamento também poderá atender substituições no mercado de reposição, segundo a empresa.
“A Clarios tem ampla experiência em sistemas de baixa tensão no setor automotivo e desempenhará um papel de liderança na definição e otimização das especificações das células de íons de sódio”, declarou, na época da divulgação da parceria, Federico Morales Zimmermann, vice-presidente e líder global de equipamentos originais, produtos e engenharia da Clarios.
No encontro com a imprensa, que foi batizado de Moldando o Futuro da Mobilidade, o executivo falou sobre as mudanças pelas quais essa indústria tem passado. “Certamente, nos próximos dez anos teremos transformações mais intensas do que tivemos nos 100 anos anteriores”, disse Zimmermann.
O evento também teve participação de Alex Pacheco, vice-presidente & general manager na Clarios. A empresa está no Brasil desde 1967 em fábrica instalada na cidade de Sorocaba, no interior paulista, e detém quatro marcas, entre elas a mais conhecida dos consumidores brasileiros, a Heliar, com 93 anos de mercado.
As demais marcas são Varta, Durex e Optima. “Estimamos atualmente que temos 15 milhões de baterias em uso”, disse Zimmermann.
Sobre a bateria que está sendo desenvolvida com células de íons de sódio, a empresa explica que todos os veículos, inclusive os híbridos e elétricos, precisam de uma fonte de energia de baixa tensão para alimentar sistemas e funções essenciais.
Assim, à medida que os veículos híbridos e elétricos continuam a evoluir, essa rede de baixa tensão está sendo solicitada a dar suporte a um número cada vez maior de funções baseadas em software, funções autônomas e experiências aprimoradas na cabine.
Dessa forma, essa transformação está levando os fabricantes de automóveis a explorar soluções com várias baterias, que incluem equipamentos de íon-lítio, de chumbo-ácido AGM (Absorbent Gass Mat) e outras químicas.
As baterias que estão sendo desenvolvidas são sustentáveis e fáceis de reciclar, pois são feitas de sal, madeira, ferro e ar, materiais abundantes e disponíveis e livres de elementos tóxicos, segundo a companhia.
“Nós reciclamos 100% das baterias que colocamos no mercado de reposição, inclusive recebemos o Prêmio Economia Circular no World Sustainability Awards. Somos referência em logística reversa”, finaliza Zimmermann.