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A segurança no trânsito é uma preocupação fundamental quando o tema é mobilidade urbana. De psicólogos, sociólogos e engenheiros de trânsito até novos profissionais dedicados a isso, todo esforço é bem-vindo no sentido de promover uma vida com mais qualidade e menos acidentes. E é aí que entra a tecnologia, como um apoio essencial.
Uma razão importante para a aplicação da tecnologia é a complexidade que os maiores centros urbanos ganharam. São Paulo ilustra bem essa situação: a cidade mais populosa do País tem 0,74 veículo por habitante, o que ultrapassa a marca de 8 milhões de carros, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Se considerarmos as cidades-dormitório e outros centros que se conectam em conurbação, como Campinas (SP), a dimensão dos fluxos de deslocamento exige algoritmos computadorizados e um sistema de controle com inteligência artificial.
Além disso, o setor está constantemente incrementando as ferramentas de segurança. Se você já passou dos 30 anos de idade, deve se lembrar quando, em 1997, o uso do cinto de segurança passou a ser obrigatório no Brasil sob protestos de boa parte das pessoas, que desejavam dirigir “mais livres”.
Hoje, é impensável que ele possa não ser usado, e causa ainda mais espanto que toda essa mudança tenha ocorrido há tão pouco tempo — sinal do lugar prioritário que a segurança passou a ocupar.
Que tal conhecer seis situações em que instrumentos tecnológicos auxiliam um trânsito mais seguro?
O controle de estabilidade é uma modalidade que supera o freio ABS. Na medida em que há perda de tração em cada uma das rodas do veículo, o sistema corrige o problema automaticamente, e a melhoria na estabilidade pode ser vital em um momento crítico.
A partir de 2022, todos os carros produzidos no Brasil deverão ter esse mecanismo, que já é obrigatório nos Estados Unidos e na Europa.
O Speed-O-Track da Arteris é capaz de identificar o limite de velocidade da via em que o carro trafega; caso o motorista ultrapasse o valor permitido, a música tocada no carro é acelerada. Serve como um alerta “educado” para que intuitivamente o condutor busque a adaptação.
Outro exemplo vem da seguradora sueca If P&C Insurance. No GPS desenvolvido pela empresa, a indicação do aplicativo assume uma voz de criança no perímetro próximo a escolas para que os motoristas fiquem mais atentos.
Comum nos carros produzidos nos últimos anos, os sensores de ré são instrumentos simples que auxiliam a evitar acidentes.
Os dispositivos auxiliam o motorista a desviar de objetos como vasos e pilastras e, sobretudo, diminuem os casos de atropelamento de crianças e pets, muitas vezes mais baixos que o campo de visão oferecido pelo retrovisor.
Em Curitiba (PR), idosos podem usar seu cartão de isenção de tarifa no transporte coletivo para acionar semáforos inteligentes. As paradas geradas com esse sensor garantem tempo hábil para a travessia e estão presentes em 120 dispositivos.
A segurança é também um dos benefícios do GPS. Com orientações de direção e alertas sobre acidentes e outros eventos excepcionais na via, o produto é hoje um artigo indispensável no cotidiano da mobilidade e permite que o condutor esteja ciente das condições da via.
Entre os mais comuns recursos de trânsito, a fiscalização eletrônica garante que os motoristas mais abusados paguem com dinheiro e pontos na carteira pela falta de prudência.
Além do excesso de velocidade, as câmeras e os sensores permitem medir o fluxo de veículos, fiscalizar o rodízio de placas, localizar carros furtados, entre outros.
Outro exemplo de como a tecnologia pode tornar o trânsito mais seguro é a possibilidade de veículos serem conduzidos por inteligência embarcada, abrindo mão de motoristas reais.
Essa modalidade ainda está em teste, mas deve se efetivar sobretudo porque as falhas no sistema de inteligência tendem a ser menores que o erro humano.