Maior metrô do mundo fica em Xangai, China
Os sistemas de metrô são soluções indispensáveis para a mobilidade das maiores cidades do mundo. Tóquio, por muito tempo a maior cidade em termos de população, é famosa pelo seu sistema metroviário robusto (e superlotado). Nova Iorque, por sua vez, ganhou fama pela decadência do que já foi uma das maiores malhas do modal, com ondas de violência e falhas assolando passageiros há décadas.
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O setor está a todo vapor. Um relatório da Global Market Insights estima, nesse sentido, que o mercado de infraestrutura de metrôs crescerá a uma taxa anual de 6,75% até 2032. Em 2023, o mercado foi estimado em US$ 46,8 bilhões (R$ 264 bilhões), podendo chegar a US$ 83,8 bilhões (R$ 474 bilhões) em oito anos.
O panorama dos maiores sistemas de transporte sobre trilhos está em constante mudança. Na dianteira, um país específico – com urbanização acelerada – assumiu a liderança com elevado ritmo de crescimento da malha metroviária. Confira, assim, quais são as cinco cidades com maior extensão da rede metroviária e as principais características de cada um dos sistemas.
Xangai, na China, atingiu a marca de 896 km de extensão após inaugurar uma nova linha em dezembro no ano passado. É, assim, a maior extensão de um mesmo sistema em todo o mundo, atendendo mais de 10 milhões de passageiros diariamente.
São 508 estações e 20 linhas, com tecnologias que vão desde trens a combustão, até veículos leves elétricos e o maglev, o trem de levitação magnética. A evolução do sistema é um dos elementos mais notáveis de Xangai, que inaugurou a primeira linha em 1990, a terceira cidade da China continental, portanto, a ter um metrô.
De lá para cá, o crescimento foi exponencial, acompanhando o acelerado processo de urbanização do país. Apenas no ano de 2010, o sistema cresceu 42,9%. E segue, além disso, em expansão, com planos para lançar a Linha 21, com novos 27 km na primeira fase, até 2027.
Com essa escala, a eficiência energética é um tema de maior importância. Segundo informações da emissora estatal CGTN, o gasto anual de energia é de 2,5 bilhões de kWh. Por isso, a cidade vem investindo estratégias de redução do consumo energético e, sobretudo, das emissões de carbono, com a transição – parcial, vale notar – dos vagões que ainda usam combustíveis fósseis, e instalação de painéis solares em composições elétricas dos trens de superfície.
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Com 879 km de extensão, o metrô de Pequim disputa a cada expansão de novas linhas o título de maior sistema do mundo, ombro a ombro com o primeiro colocado, Xangai. O complexo metroviário é composto de 29 linhas, sendo um veículo de levitação magnética e duas linhas leves eletrificadas. Ao todo, 523 estações são atendidas.
Foram 9,46 milhões de passageiros transportados por dia, de acordo com dados de 2023. Tudo começou em 1971, quando foi inaugurada a primeira linha com tecnologia soviética. O ritmo de crescimento, porém, foi lento até o início dos anos 2000, quando havia apenas 54 quilômetros de trilhos.
A partir de então, o crescimento vertiginoso buscou atender a demanda crescente da capital chinesa. Mega eventos como as Olimpíadas de 2008 foram marcos dessa expansão. Em 2010, já eram 300 quilômetros, chegando, assim, a 500 quilômetros apenas cinco anos depois.
Localizada no Delta do Rio das Pérolas, a província de Cantão guarda a terceira maior malha metroviária do mundo, com 705,3 km de extensão. São 17 linhas operacionais integradas a um ramal intermunicipal chamado Linha Cantão, que liga a cidade à vizinha Foshan. Foi, dessa forma, a primeira ligação de metrô entre duas cidades na China. São 39,6 km, com todos os trilhos e estações subterrâneas.
Como nas outras cidades, o crescimento da malha acelerou radicalmente após as anos 2000. Em 2024, foram registrados 12,2 milhões de passageiros diários, nesse sentido.
Um dos destaques do sistema de Cantão é o compromisso com a acessibilidade. Segundo informações das páginas oficiais, todas as estações possuem elevadores, rampas e pisos táteis. Há, além disso,, avisos sonoros em todas as linhas e informações em brailes, além de vagões especiais destinados a pessoas cadeirantes.
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Com inauguração da primeira linha em 2010, bastaram 15 anos para que Chengdu atingisse a quarta posição na lista de maiores metrôs. São 633,6 quilômetros de extensão, com 15 linhas operacionais atendendo 387 estações. Diariamente, 6 milhões de pessoas usam o modal.
A malha metroviária da cidade é reconhecida pelo uso de novas tecnologias como a automação de sensores nos trilhos e nos vagões via telecomunicações, permitindo a maximização da velocidade com maior segurança.
Mais de 100 km estão previstos para inauguração apenas em 2025. Os planos ambiciosos da cidade, no interior da China continental, marcam, dessa forma, o crescimento acelerado das regiões interioranas do país, após décadas de protagonismo da região costeira, onde começou a abertura econômica.
Sexta cidade mais populosa da China, Shenzhen é a quinta na lista de maiores metrôs do mundo, com 595,1 km de extensão, 398 estações e 17 linhas. Usam diariamente o transporte mais de 8,46 milhões de passageiros. Em dias de fluxo intenso, porém, o número pode chegar a 11,9 milhões.
Há planos de, até 2028, criar novas 11 linhas e atingir a meta de 831 quilômetros. A visão de longo prazo, divulgada no plano Fase 5, é de alcançar 1.000 quilômetros até 2035, nesse sentido. A cidade conta com diversos parques tecnológicos importantes, portanto, há grande demanda de expandir o sistema para atender à crescente população da cidade.
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