Na entrada da Estação Lapa, da CPTM, é fácil ouvir gritos de “Recarga em dobro”, “Recarga por R$ 2,00” ou outros similares. Na verdade, diversas estações de trem e metrô de São Paulo se tornaram pontos em que pessoas vendem recargas ilegais no Bilhete Único, prometendo descontos nos créditos.
A prática, no entanto, pode render bloqueio do cartão de um usuário. Somente neste ano, 217.718 bilhetes foram cancelados, de acordo com a SPTrans. O número já se aproxima dos 290.573 cancelamentos de 2023.
“A comercialização de créditos com desconto é ilegal. Ela representa fraude contra o sistema e o usuário”, afirma a SPTrans em seu site. Você teve o seu cartão bloqueado ou quer saber que atitude tomar após uma recarga falsa? Sendo assim, continue a leitura desse texto e descubra mais sobre o assunto.
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Fazer uma recarga ilegal pode, à primeira vista, parece uma forma de economizar e pagar menos pelos créditos. No entanto, a prática pode custar caro. “Quem incentiva a fraude comprando crédito com desconto, além de ter o cartão bloqueado, fica impedido de receber a restituição do saldo”, ressalta a SPTrans em seu site.
Em resumo, caso gaste dinheiro com uma recarga ilegal do Bilhete Único, o seu saldo pode ser inteiramente perdido quando a companhia detectar a fraude. “O valor pago na compra de créditos irregulares não é registrado na SPTrans. Portanto, não há como devolvê-lo”, explica a empresa.
Em nota para o Mobilidade Estadão, a SPTrans informa que está colaborando com investigações da polícia e busca desenvolver processos cada vez mais seguros e que impeçam fraudes na recarga. Ao mesmo tempo, recomenda que “os usuários devem comprar seus créditos somente nos meios oficiais, evitando, assim, que sejam vítimas de golpes e tenham seus cartões bloqueados”.
“A SPTrans informa que o combate à fraude no Bilhete Único e a modernização dos sistemas e ferramentas de segurança são uma política constante”, afirmou a empresa quando questionada como os fraudadores conseguem fazer recargas e porque ainda não foi possível impedi-los.
Por fim, os passageiros que, por algum motivo, foram enganados e fizeram recargas com créditos não-oficiais “devem procurar um posto de atendimento e providenciar a troca do cartão”, afirma a companhia, em nota.
Os créditos oficiais do Bilhete Único estão disponíveis em aplicativos, sites e até mesmo por meio do WhatsApp. Neste site é possível conferir todos os prestadores de serviço que oferecem recargas legais do cartão.
Ao mesmo tempo, a SPTrans recomenda que, depois da recarga, o usuário “solicite o recibo da compra. Esse documento possui instrumentos de validação e os dados necessários para a consulta de autenticidade”. Neste site você pode autentificar sua recarga usando o código presente no recibo.
Por fim, o recibo também é uma forma de se proteger caso o usuário sofra um golpe e faça uma recarga ilegal. “Nele consta o nome da empresa responsável pelo ponto para formalizar a denúncia em caso de recarga irregular”, afirma a companhia.
Além do bloqueio por recargas ilegais, o Bilhete Único também pode ser bloqueado por uso indevido de terceiros. Em outras palavras, quando alguém que não é titular faz uso do cartão.
A identificação de uso indevido pode ocorrer através de câmeras de reconhecimento facial nas estações de trem, metrô, ônibus ou por agentes nesses locais. Os técnicos da SPTrans, inclusive, podem reter o Bilhete Único se flagrarem uma situação de uso indevido.
Caso o seu cartão esteja bloqueado, procure um posto de atendimento da SPTrans para identificar qual foi o motivo. Em alguns casos, pode ser necessário fazer um novo Bilhete e pagar uma taxa de emissão pelo serviço.
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