A operação emergencial dos trens urbanos em Porto Alegre está com intervalos menores entre as viagens. O novo cronograma está em funcionamento desde a quinta-feira, 13. Agora, os trens saem dos terminais a cada 20 minutos, ao contrário dos 35 minutos antes da mudança. A operação emergencial atende cinco municípios da Região Metropolitana, no trecho entre Canoas e Novo Hamburgo.
Leia mais: Trens urbanos voltam a operar na região metropolitana de Porto Alegre com horários especiais
Desde a diminuição do nível da água nas regiões afetadas pelas enchentes e chuvas no Rio Grande do Sul, o serviço de trens voltou a operar, em menor escala. Além da atualização do tempo de intervalo, o horário de funcionamento também foi estendido em uma hora, passando a ser das 6h às 21h. Até então, os trens operavam até as 20h.
De acordo com a Empresa de Trens Urbanos (Trensurb), com o recolhimento dos trens que estavam na via de volta para o pátio da empresa, será possível utilizar ambas as vias em todo o trajeto entre as estações Mathias Velho e Novo Hamburgo, eliminando a necessidade de transbordo na Estação Unisinos.
Atualmente, o serviço de trem atende, em média, a 45 mil passageiros diários. O número representa um aumento de 50% em relação às condições iniciais da operação emergencial. O funcionamento emergencial, também conhecida como operação dos Trilhos Humanitários da Trensurb, havia iniciado no dia 30 de maio. Na época, o serviço funcionava das 8h às 18h, com capacidade de transporte de 30 mil usuários por dia.
Durante a fase de operação emergencial, os trens da capital não estão cobrando passagem. O acordo acontece em decorrência dos impactos causados pelas enchentes no sistema de bilhetagem da empresa gerenciadora. A circulação de trens no Estado ficou interrompida durante um mês por causa das cheias dos rios e do lago Guaíba.
Até o momento, dois trens fazem o trecho Mathias Velho – Unisinos nos dois sentidos. Um terceiro trem realiza o trajeto de ida e volta, entre as estações Unisinos e Novo Hamburgo, em via única. A empresa também pretende adicionar novos horários de funcionamento ao longo do avanço das condições nas cidades. Para garantir a retomada do funcionamento, o governo federal destinou o valor inicial de R$ 164,3 milhões. A empresa estima retomar o funcionamento deste sistema de bilhetagem em até 30 dias.
Em maio, a Trensurb também informou que duas das cinco subestações de energia elétrica da empresa ainda estavam inoperantes devido ao alagamento. Conforme a companhia, as estruturas necessitam de avaliações e reparos, mas ainda não há data para a realização da manutenção. As subsestações tem como função direcionar a energia utilizada na tração dos vagões.