Boa notícia para os paulistanos: ao que tudo indica, a população contará com mais transporte sobre trilhos em breve. O metrô, os trens e o monotrilho da região metropolitana da capital paulista estão em expansão em cinco frentes diferentes e devem modificar o trajeto diário dos cidadãos.
Em um painel da 30ª Semana da Tecnologia Metroferroviária, organizada pela Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), realizada em São Paulo, engenheiros e funcionários do Metrô-SP detalharam as obras que estão em andamento. Confira os detalhes.
Em primeiro lugar, citamos a expansão do Metrô na Linha 2-Verde. O novo trecho deve ligar a Estação Vila Prudente, atual fim da linha, à Estação Penha, da Linha 3-Vermelha. Em seguida, um outro trecho será construído.
“O empreendimento está dividido em duas fases; hoje estamos fazendo o trecho entre a Estação Vila Prudente e a Estação Penha”, conta Eduardo Maggi, engenheiro do Metrô e gerente de empreendimento da Linha 2-Verde.
“Nós estamos construindo a Estação Penha da Linha 2, reformando a Estação Penha da Linha 3 e também estamos construindo a Estação Penha da CPTM (Linha 11-Coral), que será um ponto muito importante para a distribuição da população que vem da zona leste”, explica o engenheiro.
Além dos pontos de parada, entre a Estação Vila Formosa e Santa Isabel, o Metrô também está construindo o Complexo Rapadura, um pátio que permitirá o estacionamento e a manutenção dos trens.
Atualmente, o tatuzão escava o Trecho 1 e se encontra entre a Estação Anália Franco e Santa Clara. A máquina começou seu trajeto no Complexo Rapadura, no meio do percurso. Depois de chegar à Estação Vila Prudente, será desmontada e transportada até a Estação Penha, onde começará a cavar rumo ao Complexo Rapadura novamente.
Dentre os desafios do projeto, Maggi explica que “as outras linhas passam sob avenidas, predominantemente. Com isso, há uma menor dificuldade, já que não há imóveis acima. Já a expansão da Linha 2-Verde encontra um grande desafio. Estamos passando sob uma região intensamente ocupada por imóveis antigos e frágeis”.
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Sobre o trecho dois, Maggi ressalta que o projeto “ainda está em estudo. O ramal vai começar na Estação Penha e, pela primeira vez, levará o Metrô para outro município além de São Paulo: a cidade de Guarulhos. Lá teremos as Estações Ponte Grande e Dutra”. Atualmente, o Metrô está realizando a desapropriação e demolição dos imóveis entre as estações Gabriela Mistral e Fernão Dias.
Por fim, é importante ressaltar que o primeiro trecho tem previsão de inauguração para novembro de 2027, entre Vila Prudente e Vila Formosa. De acordo com Maggi, “temos 52% de avanço na Fase 1; a Estação Orfanato é a mais próxima da conclusão, com 82% pronta”.
*Considerando apenas os trechos em construção
A Linha 9-Esmeralda, de trens urbanos, é operada pela ViaMobilidade, mas conta com uma nova estação em construção pela CPTM. O novo ponto de embarque, além de receber os passageiros do transporte sobre trilhos, também terá conexão com um terminal de ônibus, permitindo que os moradores da zona sul migrem de um modal para outro.
A Estação Varginha, que ficará no extremo sul da Linha 9-Esmeralda, está com as obras em fase final. No entanto, a parada de trens teve sua entrega adiada devido à presença de uma rocha inesperada. A previsão para a entrega do novo ponto, de acordo com a CPTM, ainda é para o segundo semestre de 2024.
*Considerando apenas os trechos em construção
O monotrilho também será expandido em São Paulo. Ao leste, o ramal ganhará duas novas estações (Boa Esperança e Jacu-Pêssego). Ao mesmo tempo, a oeste, a Linha 15-Prata se conectará com a Linha 10-Turquesa, na Estação Ipiranga. Uma nova estação de trem também está sendo construída pela CPTM no local, para permitir o trânsito de passageiros.
“Entre a Estação Ipiranga e Vila Prudente, há muitos desafios. Essa é uma área ocupada por uma comunidade com mais de 60 famílias. Temos que passar por baixo de duas linhas de transmissão de energia e vencer áreas privadas e do Governo Federal”, explica Giovani Sorice Neto, engenheiro do Metrô e gerente de empreendimento da Linha 15-Prata.
Outras quatro estações ainda estão previstas no projeto, chegando até o Hospital Cidade Tiradentes. No entanto, esse trecho se encontra em planejamento, uma vez que a área exige o alargamento da Estrada do Iguatemi.
Atualmente, o Metrô está construindo as fundações da Estação Boa Esperança e da Estação Jacu-Pêssego. A via elevada, na qual o monotrilho deverá correr, está em construção entre o pátio de operação e Jacu-Pêssego. “O trecho entre a Estação Boa Esperança e o Jardim Colonial depende da duplicação do viário [ruas que passam abaixo da via], outro desafio que estamos enfrentando”, explica Sorice.
Por fim, a previsão é de que as três novas estações operem em 2027. Para o Trecho 2, ainda não há data definida para o começo da operação.
*Considerando apenas os trechos em construção
A expansão do metrô paulista também ocorre com linhas totalmente novas. A futura Linha 6-Laranja deve ser inaugurada em dois momentos distintos. Em primeiro lugar, o trecho entre Brasilândia e Perdizes, com nove estações, poderá ser percorrido em 2026. Em seguida, o trecho entre Perdizes e São Joaquim, onde haverá conexão com a linha 1-Azul, deve começar a funcionar em 2027.
A construção emprega dois tatuzões; um deles segue rumo ao norte e chegará em breve à Estação Itaberaba-Hospital Vila Penteado. Por outro lado, o tatuzão que segue em direção ao sul irá passar direto pela Estação 14-Bis Saracura, onde foram encontrados achados arqueológicos que atrasam a construção da estação.
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Por fim, a estação mais perto da conclusão é a Santa Marina, com 66.73% das obras completas. No momento, a Linha Uni, concessionária responsável pela construção e operação do ramal, está escavando o caminho do trem, construindo estações e estruturas complementares, como saídas de emergência.
*Considerando apenas os trechos em construção
A Linha 17-Ouro do monotrilho irá ligar a Estação Morumbi, da Linha 9-Esmeralda, ao Aeroporto de Congonhas. O ramal irá operar em “Y”; em outras palavras, terá dois caminhos diferentes, um levando passageiros para o terminal de aviões e outro para a Estação Washington Luís.
A meta de inauguração do Trecho 1, que está em construção, é para o ano de 2026. “Em nosso planejamento de longo prazo, temos o Trecho 2 com cinco estações e 6 km, e o Trecho 3, com cinco estações e 3,5 km”, conta Roberto Torres Rodrigues, engenheiro do Metrô e gerente de empreendimento da Linha 17-Ouro. No entanto, esses projetos ainda não estão em construção.
“É a primeira linha de Metrô que vai colocar o passageiro dentro do aeroporto”, explica Rodrigues. Ele ressalta que, devido às conexões, será possível que pessoas de diversas áreas de São Paulo tenham acesso mais fácil ao terminal de aviões.
De acordo com Rodrigues, 66% do trecho 1 Linha 17-Ouro está completo. A estação mais avançada é a Aeroporto de Congonhas, que está 79% pronta. A via elevada, por outro lado, está 85% pronta e é a construção mais avançada do ramal.
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*Considerando apenas os trechos em construção