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Moradores do bairro nobre de Kensington, em Londres, estão lidando com um grande problema do mundo moderno. Com o aumento na quantidade e no uso de bicicletas elétricas sem estacionamento na cidade, cresceu também o número de veículos espalhados por todo lugar. Reclamações sobre bicicletas mal estacionadas, em calçadas e demais caminhos para pedestres, têm se tornado comum.
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De acordo com o jornal The Guardian, alguns moradores têm reclamado até da dificuldade em sair de suas casas por conta do excesso de bicicletas. Não se sabe quando o problema começou, mas a principal razão tem sido a falta de organização das empresas responsáveis. Operadores de bicicletas elétricas dockless (sem estação ou estacionamento, em tradução livre), como a Lime e Forest, aumentaram significativamente sua presença nas ruas londrinas
Por causa dessa bagunça generalizada, em novembro, o órgão responsável pela gestão do transporte de Londres, o Transport for London (TfL), anunciou que adotaria medidas para fiscalizar e punir as empresas responsáveis pelas bicicletas elétricas mal estacionadas. Em nota, o TfL orientou que as empresas seguissem sua nova política de fiscalização em relação ao excesso de bicicletas.
De acordo com as orientações, as bicicletas estariam proibidas de serem estacionadas em locais específicos, como as rotas vermelhas, ou em áreas gerenciadas pela TfL, como estações e garagens de ônibus. Conforme a BBC, cerca de 5% das estradas de Londres são consideradas rotas vermelhas. Elas também são responsáveis por até 30% do tráfego da cidade.
A entidade também afirmou que irá trabalhar em conjunto com as empresas de bicicleta e os distritos da cidade para criar vagas de estacionamento adicionais para bicicletas elétricas sem estações.
Em relatório lançado em novembro, a TfL mostrou que viagens de bicicleta em Londres aumentaram 26% em comparação aos níveis de 2019. Em relação ao ano anterior, o número cresceu 5%, chegando a 1,33 milhões de viagens por dia em 2024.
O Travel in London (Viagem em Londres, em tradução livre) ainda mostrou que o crescimento aconteceu principalmente na região central. Apenas na região, o aumento foi de 11,6% entre 2023 e 2024. Ao mesmo tempo, a rede cicloviária também recebeu mais 27,4% de estrutura. Em 2016, eram 90 km de ciclovias, já em 2024, o número subiu para mais de 400 km.