A Prefeitura de São Paulo realiza, no dia 27 de novembro, às 19h, a segunda audiência pública para a criação de um Plano Municipal Hidroviário (PlanHidro SP). Na reunião, que acontecerá na Rua Sumidouro, nº 580, no bairro de Pinheiros, na zona oeste, os cidadãos poderão conhecer os planos do Poder Público para o transporte aquaviário na capital paulista e sugerir mudanças nos projetos.
Em seu site, a Prefeitura afirma que o PlanHidro SP planeja “diminuir o impacto ambiental decorrente do transporte de cargas; contribuir com a mobilidade de populações (especialmente de áreas periféricas); recuperar a relação da cidade com a água e promover o desenvolvimento econômico”.
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O plano hidroviário prevê a possibilidade de a capital paulista ganhar novas rotas para o transporte de passageiros por barcos públicos. Os ramais hidroviários se localizariam nos rios Pinheiros, Tamanduateí e Tietê, além da represa Guarapiranga. As embarcações transportariam passageiros e também cargas.
No caso do Rio Pinheiros, a rota seria dividida em duas: uma no canal superior e outra no canal inferior. No superior, até o momento, deverão existir sete pontos de embarque: Traição, Panorama, Morumbi, Santo Amaro, Ponte Baixa, Zavuvus e Pedreiras.
Os portos de Panorama, Morumbi e Santo Amaro poderão ter conexão com a Linha 9-Esmeralda da Via Mobilidade, permitindo a troca de modal. Ao mesmo tempo, a estação de Zavuvus pode ser de interesse público pela proximidade com o Shopping SP Market.
Por fim, a parada de Pedreiras é estratégica por ficar perto de uma futura praça de destinação de resíduos descartados. Sendo assim, o barco poderá transportar resíduos até o ponto de descarte sem emitir carbono, eliminando caminhões e ainda transportando passageiros no trajeto.
O governo prevê diferentes prazos para que o tráfego pelos rios seja possível. Por exemplo, a Represa de Guarapiranga pode se tornar navegável em quatro anos. No entanto, o Rio Tietê não deve ser uma opção para o transporte de passageiros antes de 12 anos.
A prefeitura afirma que firmou, no ano passado, uma parceria com a Universidade de São Paulo (USP) “para o desenvolvimento dos estudos de viabilidade arquitetônica e urbanística da orla fluvial do município de São Paulo, com ênfase no uso múltiplo das águas”.
Ao todo, 17 órgãos municipais estão envolvidos no projeto e analisam como encarar a despoluição dos rios e os modos de transformá-los não apenas em uma forma de transporte, mas também em integrar os fluxos de água novamente à vida dos paulistanos.
Por fim, a forma final do Plano hidroviário de São Paulo está prevista para 2025. Até 1º de dezembro os moradores podem opinar no projeto online por meio deste site.
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