A Ducati finalmente entrou na era da eletricidade. A partir de 2023, as motos do Campeonato Mundial de MotoE, espécie de MotoGP elétrica, serão produzidas pela Ducati. Isso porque a fabricante italiana assinou um contrato com a Dorna Sports, organizadora das provas, para ser o fornecedor oficial e exclusivos das motos esportivas elétricas da categoria até 2026.
A MotoE, realizada desde 2019, é uma iniciativa para demonstrar o potencial das motos elétricas, além de servir de laboratório para novas tecnologias. Até o próximo ano, as motos usadas na competição são produzidas pela também italiana Energica. As Energica Ego Corsa da MotoE têm motores elétricos 110 kW, ou 147 cv, e podem chegar a mais de 260 km/h!
O acordo é é um passo importante tanto para a fabricante italiana de motos como para a evolução das motos elétricas. Afinal, as competições servem como laboratório de soluções tecnológicas que, futuramente, irão equipar as motos de rua. A Copa do Mundo de MotoE não será exceção e permitirá à Ducati desenvolver as melhores tecnologias e metodologias de teste aplicadas a motos elétricas esportivas, leves e potentes.
Ao mesmo tempo, o fato da Ducati fazer parte do Grupo Volkswagen, que fez da mobilidade elétrica um elemento essencial de sua estratégia “New Auto” para 2030, representa o melhor pré-requisito para um extraordinário intercâmbio de experiências no campo dos motores elétricos.
“Este acordo chega na hora certa para a Ducati, que há anos estuda a situação dos grupos motopropulsores elétricos, porque nos permitirá fazer experiências em um campo bem conhecido e controlado como o de Competição de corrida. Trabalharemos para colocar à disposição de todos os participantes da FIM Enel MotoE World Cup motos elétricas de alto desempenho e caracterizadas pela leveza. É justamente no peso, elemento fundamental das motos esportivas, que será o maior desafio. A leveza sempre esteve no DNA da Ducati e graças à tecnologia e química das baterias que estão evoluindo rapidamente, estamos convencidos de que podemos obter um excelente resultado”, declarou Claudio Domenicali, CEO da Ducati.
Este é primeiro passo da Ducati no mundo das motocicletas elétricas. Segundo a empresa italiana, também deve ajudar na criação da primeira moto elétrica da Ducati que, até agora, tem investido em patinetes e bicicletas movidos a eletricidade.
Ainda de acordo com a Ducati, os maiores desafios das motos elétricas continuam a ser o tamanho, o peso, a autonomia das baterias e a disponibilidade de redes de carregamento. A experiência da Ducati na MotoE será um suporte fundamental para pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. Segundo a marca, o objetivo é estudar como produzir, assim que a tecnologia permitir, um veículo elétrico Ducati esportivo, leve, emocionante e capaz de satisfazer a todos os entusiastas.