Após representarem um divisor de águas como aparato militar, os drones começaram a ganhar diversos usos civis, entre os quais o gerenciamento de rodovias. Esses equipamentos estão se revelando aliados poderosos nas operações da CCR ViaOeste, que os utiliza desde novembro de 2018.
Trata-se de uma ferramenta auxiliar de inspeção, capaz de dar mais agilidade à manutenção das rodovias. Outras de suas funções são identificar eventuais anomalias em estruturas como viadutos e pontes, alimentar a base de dados para monitoramento da rodovia e contribuir em estudos para melhorar a fluidez do tráfego.
Um dos exemplos bem-sucedidos de aplicação da tecnologia resultou na abertura de uma alça para desafogar o trânsito da pista marginal da Rodovia Castello Branco para a pista expressa, com o objetivo de tornar mais livre o acesso do Rodoanel Mário Covas à rodovia. Foram as imagens coletadas via drone que forneceram os subsídios necessários à tomada de decisão.
Esses equipamentos se tornaram uma ferramenta importante para entender o comportamento do tráfego. Por meio da visão privilegiada que eles proporcionam, conseguimos identificar eventuais problemas com mais assertividade”, destaca Alessandro Pereira, coordenador de tráfego da CCR ViaOeste, que administra o sistema Castello Branco-Raposo Tavares.
O instrumento ajuda também na análise de estruturas viárias de difícil acesso. Um exemplo recente ocorreu na ponte Guilherme de Almeida, no km 24 da Castello Branco, em Barueri (SP). Graças às imagens coletadas, em poucas horas e sem a utilização de plataformas elevatórias, identificou-se a necessidade de reparos.
Associado às câmeras de alta resolução, o uso de drones garante, também, mais precisão e segurança no processo de inspeção do pavimento. Imagens registradas com coordenadas geográficas ajudam a identificar falhas no piso sem expor os funcionários da concessionária ao risco representado pelo trânsito de veículos.
Há também um significativo ganho de tempo. De acordo com a CC ViaOeste, o trabalho de inspeção até então realizado por um funcionário em sete dias passou a ser feito em um único dia, com a vantagem adicional de minimizar os transtornos aos usuários decorrentes da interdição de faixas de rodovias.
O uso dos drones nas operações em rodovias segue protocolos definidos pela Anac, como altura mínima de voo. Antes de cada decolagem do equipamento é preciso ter aprovado pela agência reguladora um plano de voo, que deve ser seguido. A operação é realizada por pilotos treinados.
“Os drones se tornaram uma ferramenta importante para entender o
comportamento do tráfego.”
Alessandro Pereira, coordenador de tráfego da CCR ViaOeste.
A versatilidade proporcionada pelos drones tem determinado a expansão de seu uso em outras operações do Grupo CCR. É o caso da CCR Metrô Bahia.
No Sistema Metroviário Salvador e Lauro de Freitas, a tecnologia tem como missão monitorar o estado de conservação das edificações da malha, a exemplo de estações e terminais de ônibus.
“É uma estratégia que nos favoreceu tanto na redução de custos quanto
na segurança”, conta o gestor de manutenção da CCR Metrô Bahia, José Kako. Com o drone, as equipes de manutenção conseguem verificar o estado das torres de rádio ao longo do sistema, a conexão de cabos e até mesmo as condições dos parafusos. Ao “viajar” sobre as coberturas, os responsáveis pela inspeção têm acesso às condições das telhas, das calhas e dos dispositivos de fixação e vedação.