Juntos por um propósito


27/04/2021 - Tempo de leitura: 4 minutos, 3 segundos

No ano passado, a CCR – uma das maiores organizações da América Latina voltadas à mobilidade – fez um amplo trabalho para discutir o propósito da empresa e sintetizá-lo em uma frase: “Viva seu caminho”. “Foi um processo que envolveu todo o grupo e chegou a uma definição que parece simples, mas que carrega tudo aquilo em que acreditamos”, contou o diretor de Gente e Gestão do Grupo CCR, Luiz Thomé, durante edição especial do Momento Mobilidade, conversa semanal conduzida pelo editor do Jornal do Carro, Tião Oliveira.

O executivo da CCR explicou que o propósito, sintetizado em apenas três palavras, faz referência à missão diária de proporcionar a melhor experiência aos clientes – seja por rodovias, VLT, metrô, aeroportos ou barcas, os diferentes modais em que a CCR atua. “Cuidar significa proporcionar segurança, pontualidade, limpeza e atendimento de qualidade, para que as pessoas possam curtir o período em que estão se deslocando”, descreveu Thomé.

O outro convidado da conversa – Bernardo Rocha de Rezende, mais conhecido como Bernardinho – também tinha muito a dizer sobre propósito. Depois de alcançar excelentes resultados como jogador de vôlei, ele se tornou treinador, acumulando mais de 30 títulos importantes em clubes e na seleção brasileira, tanto na masculina quanto na feminina. 

“Em todas essas conquistas, havia sempre um grupo de pessoas compartilhando um objetivo em comum. Essa liga é o que chamamos de propósito. Vale para um time esportivo, vale para uma empresa”, destacou o técnico multicampeão.

Conexão profunda

Uma das principais diferenças entre uma equipe esportiva e uma empresa é que, no esporte, o propósito costuma estar associado a objetivos claros – que podem ir desde “ser campeão”, no caso dos times mais estruturados, até “não ser rebaixado”, para as equipes menos estruturadas. Assim, os componentes do grupo estão sempre com uma meta clara na cabeça.

Daí a importância do trabalho feito pela CCR para sintetizar o seu propósito e permitir que todos no grupo trabalhem com esse objetivo em mente. “Acordamos todos os dias com essa grande motivação: garantir o melhor caminho aos nossos clientes”, diz Thomé.

“Percebo um grande alinhamento de valores entre o que a CCR diz e o que ela efetivamente entrega”, comentou Bernardinho. Como a CCR é patrocinadora da atual equipe de vôlei feminino que ele dirige, o Sesc/RJ-Flamengo, houve uma aproximação natural com a empresa. “Participei até de reunião do Conselho”, revelou o técnico.

Bernardinho exemplificou com uma viagem de carro que fez no início deste ano, pela Via Dutra, com as duas filhas. “Passamos horas muito agradáveis em família. Fomos conversando, ouvindo música, percebendo coisas interessantes pelo caminho”, ele recordou. “É essencial fazer uma viagem sem tensão. Muita gente nem percebe o trabalho cuidadoso que existe por trás da missão de oferecer as melhores condições em uma rodovia.”

Os participantes da conversa lembraram que persistência e resiliência são virtudes necessárias tanto no esporte quanto no empreendedorismo. No final das contas, ambos são exercícios de adaptação permanente e que evocam a necessidade de estabelecer uma profunda conexão entre propósito e um olhar especial para as pessoas.

Luiz Thomé, diretor do Grupo CCR, Bernardinho e Tião Oliveira durante a conversa

Ações sociais integradas ao propósito

Um dos pontos de convergência na visão de propósito apresentada pela CCR e por Bernardinho durante o Momento Mobilidade é o envolvimento com ações sociais. “É uma forma de ampliar o alcance do propósito para além da própria empresa e dos seus clientes, trazendo benefícios para toda a sociedade”, observou o diretor de Gente e Gestão do Grupo CCR, Luiz Thomé.

A empresa vem investindo em diversos projetos de apoio à cidadania, geração de renda e empreendedorismo. Só em 2020, foram aplicados R$ 29 milhões em 39 projetos de impacto social, alcançando um total de 2,5 milhões de pessoas. As atividades de combate à covid-19 protagonizaram os esforços ao longo do ano. Foram direcionados R$ 9 milhões a ações nas comunidades no entorno das concessionárias, e distribuídos 966 mil itens de alimentação, saúde e bem-estar, sendo 557 mil itens apenas para os caminhoneiros, incluindo orientação emergencial por telemedicina.

Bernardinho, que é formado em Economia, dedica-se a projetos como o Instituto Compartilhar, que fundou em 2003 para proporcionar a crianças carentes oficinas de vôlei e todo o aprendizado associado ao esporte. Ele diz que há muitas semelhanças entre liderar uma empresa, uma equipe esportiva e um projeto social. “No fundo, é sempre a mesma coisa: gestão de pessoas. Tirar o melhor que cada uma tem a dar em nome de um objetivo em comum.”