Entre outubro e dezembro de 2023, a malha cicloviária de São Paulo cresceu 9,1 km. No final do ano, a cidade tinha alcançado a marca dos 731 km de extensão cicloviária. Atualmente, em números absolutos, São Paulo é a capital com mais quilômetros de estrutura exclusiva para ciclistas do País.
Considerando valores proporcionais à população, a cidade aparece na lista em 19º lugar, com apenas 5,6 km para cada 100 mil habitantes. Para comparação, utilizando essa mesma média, a capital com mais trechos para ciclistas por 100 mil habitantes possui mais de 22 km de ciclovias e ciclofaixas, em Florianópolis.
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Dessas construções, 6,5 km das novas estruturas foram implantadas por meio do Termo de Parceria (PPP) firmado entre a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT) e a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab), com apoio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Os outros 2,6 km estavam sob a responsabilidade da SMT.
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Thomas Wang, conselheiro da Câmara Temática de Bicicleta do Conselho Municipal de Trânsito e Transportes da Prefeitura de SP (CTB/CMTT), avalia a expansão da estrutura cicloviária de São Paulo como lenta. “A cidade tem, aproximadamente, 20 mil km de vias e túneis, por exemplo. Atualmente, nós temos, mais ou menos, apenas 700 km de áreas reservadas para ciclistas”, afirma.
O Plano de Metas 2021-2024 de São Paulo prevê a criação de 300 novos quilômetros de estruturas cicloviárias. Para alcançar esse objetivo, a gestão precisaria construir, em média, 75 km de ciclovias ou ciclofaixas por ano. Até o momento, segundo levantamento da própria Prefeitura de São Paulo, apenas 31 km dos novos projetos foram entregues.
Com a entrega desses 300 km, a cidade poderia alcançar 1.000 km totais de malha cicloviária. De acordo com a prefeitura, mais 120 km de estrutura estão em execução pela PPP da Habitação. As estruturas projetadas passam por audiências públicas e são discutidas com a sociedade civil e nas Câmaras Temáticas de Bicicleta, que ocorrem mensalmente.