Quando os carros elétricos começaram a ser vendidos no mercado brasileiro de forma mais intensiva em 2019, uma série de dúvidas passou a povoar a cabeça do consumidor. Havia, ainda, muitas indagações sobre manutenção, autonomia e, principalmente, bateria – elemento que representa o maior custo no preço total de um automóvel com essa tecnologia.
Com o tempo, foram criados alguns tabus em torno do veículo com propulsão elétrica e que as fabricantes estão tratando de desmistificar.
Confira, a seguir, cinco verdades e cinco mitos que ainda cercam esse tipo de carro.
Verdade
As fabricantes costumam oferecer garantia de oito anos para a bateria que pode durar de 15 a 20 na chamada primeira vida. Depois disso, ela pode fornecer energia para iluminar, por exemplo, estabelecimentos comerciais ou para ligar um eletrodoméstico. Terminado o seu ciclo de vida total, a bateria vai para a reciclagem, na qual cerca de 80% de seus componentes serão reaproveitados.
Mito
É justamente o contrário. Os veículos elétricos apresentam manutenção, em média, 30% mais barata, porque têm, aproximadamente, 50 partes móveis, contra 350 dos carros com motor a combustão. O conjunto motriz mais simples e com menor quantidade de peças é decisivo para o usuário pagar menos na hora da manutenção. Afinal, ele é desprovido de itens como velas, correias, filtros de combustível e de óleo, engrenagens de câmbio, bielas e virabrequim, simplificando a revisão.
Verdade
Essa questão é polêmica, pois alguns especialistas defendem que o etanol ainda vale mais a pena do que a propulsão elétrica. Diogo Seixas, CEO da empresa EVPV Power e estudioso do assunto, advoga o inverso. “Nossa matriz elétrica é 85% renovável e limpa, e a distribuição de energia se dá por cabos elétricos, sem emissão de gases poluentes. Enquanto isso, o etanol utiliza tratores a diesel no plantio e na colheita da cana-de-açúcar e caminhões também a diesel na distribuição e revenda do combustível. Além disso, o veículo a etanol emite gases poluentes e tóxicos diretamente no ar que as pessoas respiram.”
Mito
Segundo Seixas, esse risco está longe de acontecer, porque a bateria costuma ser recarregada à noite e de madrugada, nos horários de menor demanda do sistema elétrico. Espera-se que, quando a frota elétrica for bem maior, a infraestrutura do fornecimento de energia do País esteja ainda mais preparada.
Verdade
Existem vários veículos elétricos com autonomia superior a 400 quilômetros, o que permite fazer uma viagem, por exemplo, de São Paulo ao Rio de Janeiro, sem a necessidade de parar em um posto de recarga. Hoje, as fabricantes estão investindo em pesquisas para tornar as baterias mais baratas e com autonomia cada vez maior. Convém o motorista, no entanto, prestar atenção no consumo e, se for o caso, planejar uma parada para efetuar a recarga ao longo da viagem.
Mito
Durante seu desenvolvimento, os carros elétricos passam por simulações de lavagem e chuva para assegurar que não serão danificados quando estiverem em contato com a água. Portanto, podem ser lavados como o automóvel convencional e circular em dias chuvosos sem nenhum perigo.
Verdade
Muitas pessoas acreditam que o ideal é recarregar a bateria até, no máximo, 80%. Isso acontece porque, atualmente, os veículos elétricos limitam, eletronicamente, o carregamento da bateria de 80% a 90%, momento em que há um ajuste na intensidade do carregamento. Isso permite que a operação seja feita de forma mais suave, preservando a vida útil da bateria, sem impedir, porém, que ela trabalhe com 100% da sua capacidade.
Mito
Por serem vedados, os automóveis elétricos não atraem raios, tampouco provocam algum tipo de risco aos ocupantes em caso de descargas elétricas. Além disso, os componentes ficam isolados e vedados para evitar choques.
Mito
Os híbridos fazem parte dos planos dos departamentos de engenharia das marcas, mas eles são considerados uma ponte para a eletrificação total. A prioridade é, de fato, os veículos 100% movidos a bateria.
Verdade
Por enquanto, essa afirmação é real. Por causa do valor exorbitante das baterias e dos custos de importação, os modelos elétricos ainda são bem mais caros que os similares equipados com motor a combustão. Mas a BYD, aos poucos, está mudando essa realidade, ao trazer automóveis com muitas tecnologias e preços que fazem frente aos carros convencionais.
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