MotoGP terá motores de menor cilindrada a partir de 2027

Dispositivos de controle de largada e de ajuste da altura da moto também serão proibidos no novo regulamento. Foto: Divulgação/Yamaha
Arthur Caldeira
Há 12 dias - Tempo de leitura: 1 minuto, 40 segundos

A MotoGP, principal categoria do motociclismo mundial, anunciou hoje novas regras a partir de 2027. Além de retificar o uso de combustíveis sustentáveis, o regulamento limita a capacidade cúbica dos motores a 850 cc. Com isso, a MotoGP terá motos de menor cilindrada do que as atuais de 1.000 cc. De acordo com os organizadores, as novas regras visam tornar o esporte mais seguro, mais sustentável e ainda mais “espetacular”.

Com a redução no tamanho dos motores, os organizadores pretendem diminuir a velocidade final das motos. Os atuais modelos de 1.000 cc chegam a mais de 340 km/h em algumas pistas.

O regulamento, que passa a valer apenas em 2027, ou seja, daqui a três temporadas, também irá reduzir a capacidade do tanque de combustível. Atualmente, as motos comportam 22 litros, enquanto as futuras MotoGP de 850 cc poderá levar apenas 20 litros.

A largura da carenagem dianteira irá diminuir. O limite máximo passará de 600 mm para 550 mm, reduzindo o tamanho das “winglets”, as famosas “asas da MotoGP“. Os dispositivos aerodinâmicos na traseira, que também viraram moda, passarão a necessitar de homologação.

Outra mudança importante é o banimento dos dispositivos de controle de largada e aos sistemas de controle de altura da moto. Segundo os organizadores, as novas motos devem proporcionar corridas ainda melhores e ainda mais ultrapassagens.

Mais fábricas na MotoGP

Outro objetivo dos organizadores da MotoGP, é criar motos mais relevantes. As motos de 850 cc na MotoGP estariam mais próximas dos modelos de rua e, assim, atraíriam o investimento de outras fábricas.

Atualmente, Aprilia, Ducati, Honda, KTM e Yamaha participam da categoria com equipes oficiais. No passado, as japonesas Kawasaki e Suzuki já participaram da categoria. Há boatos de que a alemã BMW, empolgada pelo sucesso nas pistas do Mundial de Superbike, possa estar interessada a entrar na MotoGP.

Recentemente adquirida pela Liberty Media, detentora dos direitos da Fórmula 1, a principal categoria da motovelocidade quer atrair mais fabricantes. E, claro, dinheiro e mídia.