Você sabe o que é Free Flow? Em suma, o sistema elimina as praças de pedágio. Com isso, câmeras do sistema fazem a leitura dos veículos para uma cobrança automática.
O primeiro sistema de pedágio sem cancela do Brasil já está na BR-101 (Rio-Santos). De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), os pórticos foram instalados em janeiro.
Assim, os motoristas já vêem as estruturas em Paraty (km 538), em Mangaratiba (km 447) e em Iguati (km 414). Já em fevereiro, a ANTT fez análises de fluxo e de passagens com tags ou placas de veículos. Por fim, a cobrança deve ter início ainda no mês de março.
De acordo com a CCR Rio/SP, concessionária responsável pela administração e operação da BR-101, o sistema agiliza o fluxo de veículos. Afinal, o nome Free Flow vem do inglês e significa fluxo livre.
De acordo com a empresa austríaca Kapsch TrafficCom, que trouxe a tecnologia ao Brasil, a vantagem do pedágio sem cancela é que não há barreiras. Com isso, há redução do consumo de diesel e emissões de poluentes, além do tempo de viagem nas operações de transporte com veículos pesados.
De acordo com uma pesquisa do Sem Parar, 90% dos paulistanos ainda não ouviram falar sobre o Free Flow. Assim, Humberto Filho, head de Relações Institucionais do Sem Parar, respondeu a cinco questões frequentes que ajudam a entender a tecnologia. Confira:
O sistema de pedágio denominado Free Flow é uma inovação tecnológica que permite que os veículos em passagem por uma rodovia sejam identificados e tarifados. Isso sem que haja a necessidade de parar ou sequer reduzir a sua velocidade para que a cobrança seja efetivada numa praça de pedágio.
Além de vários países na Europa e dos Estados Unidos, o nosso vizinho Chile é um dos países que já utiliza a tecnologia.
O funcionamento dessa moderna estrutura de cobrança varia. Entretanto, há uma lógica comum: são escolhidos alguns pontos na rodovia para a instalação de dispositivos de detecção, identificação e classificação de veículos – os pórticos –, sendo eles câmeras, sensores e/ou leitores de placas. Esses pórticos, na prática, substituem as tradicionais praças de cobrança com suas cancelas e funcionários fazendo a arrecadação presencial.
Os pórticos equipados com a tecnologia identificam e classificam os veículos, e determinam eletronicamente qual tarifa deverá ser paga. Clientes equipados com uma TAG Sem Parar ou outra semelhante recebem a cobrança em suas faturas, sem se preocupar.
Clientes sem tag precisam pagar a tarifa manualmente, em até 15 dias após a passagem pelo pórtico, nos canais oferecidos pela concessionária. O não pagamento acarreta multas e penalidades para o motorista. Na BR-101, a cobrança não será por quilômetro percorrido; para cada passagem por um dos 3 pórticos haverá o lançamento de um pedágio.
Como pioneiros da tecnologia de pagamento automático no Brasil e líder no segmento de tags, estamos otimistas com a chegada do Free Flow e com o potencial que essa inovação traz. É uma tecnologia já bastante utilizada no exterior e que traz um enorme potencial para modernizar a forma como nossos motoristas trafegam pelas rodovias. Mais fluidez, mais economia e facilidade. O Sem Parar promove a experiência de fluxo livre em estradas há mais de 20 anos. Conhecemos o setor e estamos participando ativamente dos debates para implantação do Free Flow no país, sempre apoiando sua implantação.
Não, mas a experiência completa do Free Flow só é possível quando o carro está equipado com uma tag Sem Parar ou outra semelhante. Com uma tag, o motorista realiza o pagamento do pedágio de forma automática e tem acesso a descontos que vão de 5% a 70%, conforme o número de passagens.
Motoristas sem tag não terão nenhum desconto na tarifa e ainda terão o trabalho de efetuar o pagamento de forma manual, acessando posteriormente os canais disponibilizados pela concessionária. Caso esqueça, receberá uma multa por evasão e mais 5 pontos na carteira.
Não é necessário trocá-la ou adquirir uma nova tag específica para essa tecnologia. As mais de 6,4 milhões de tags ativas do Sem Parar e todas as outras disponíveis no mercado são interoperáveis com os sistemas de fila automática com cancela (os pedágios tradicionais) e o free flow, que irão coexistir por alguns anos.