Ônibus elétrico: São Paulo aprova financiamento de R$ 1,4 bilhão do BID para expansão da frota

Meta é comprar 582 ônibus elétricos até 2028. Foto: Divulgação/Prefeitura de São Paulo

Há 3h - Tempo de leitura: 3 minutos, 8 segundos

Em 12 de maio de 2025, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou um financiamento de US$ 248,3 milhões (cerca de R$ 1,4 bilhão) para apoiar a eletrificação da frota de ônibus em São Paulo. Conforme divulgado pelo BID e pela própria prefeitura, até 2028, a cidade deve incorporar 2,2 mil veículos movidos a energia limpa. Dentro disso, entra a ampliação da frota de ônibus elétrico.

Leia também: Bike SP: trocar ônibus por bicicleta pode ganhar créditos no Bilhete Único

Esse financiamento ainda determinou a meta de compra de 582 ônibus elétricos para São Paulo até 2030. De acordo com o BID, a cidade tem um programa ambicioso de aquisição desses modelos. Portanto, a diretoria do banco aprovou o financiamento, feito na modalidade de Empréstimo Baseado em Resultados. Inclusive, no documento da proposta, São Paulo é ressaltada pela magnitude, capacidade de pagamento e infraestrutura. 

“O programa beneficiará diretamente os passageiros dos ônibus de São Paulo, o que inclui os 7 milhões de passageiros da cidade. Também serão beneficiados de maneira indireta pela melhora na qualidade do ar os 11,5 milhões de habitantes da cidade e os 21,5 milhões de moradores da região metropolitana”, diz o BID.

Ônibus elétrico e sistema de gestão

Além dos recursos servirem para compra de ônibus elétricos, o financiamento prevê investimentos em ferramentas para apoiar a gestão do transporte público de São Paulo. 

“Projeta-se impacto positivo sobretudo para cidadãos de baixa renda e mulheres, maioria dos passageiros do transporte público paulistano”, destaca o BID. 

A prefeitura ainda ressalta que, além do impacto positivo no meio ambiente, a eletrificação da frota também traz outros benefícios. Por exemplo, maior conforto e qualidade de vida aos usuários do transporte público, motoristas e cobradores. Isso porque os veículos elétricos são silenciosos, possuem ar-condicionado, entradas USB e conexão de internet por Wi-Fi.

R$ 1,4 bilhão em ônibus elétrico

Com a aprovação do financiamento de R$ 1,4 bilhão pelo BID, a próxima etapa acontece em Brasília. Para São Paulo efetivamente ter acesso aos recursos, o Senado Federal deverá aprovar. Dessa forma, o cumprimento das metas também defende da celeridade das discussões entre os senadores e a eventual aprovação. 

Para fechar o acordo com o BID, a prefeitura de São Paulo concordou em cumprir o tempo de amortização de 15 anos.

Crédito com Banco da China

A notícia do financiamento aprovado no BID veio menos de um mês após a Prefeitura de São Paulo concretizar a contratação de uma linha de crédito com o Banco da China. Aliás, os US$ 100 milhões (cerca de R$ 570 milhões) do crédito servirão para compra de mais ônibus elétricos.   

O prefeito Ricardo Nunes contabiliza as vantagens econômicas dos ônibus elétricos a longo prazo, porque o custo de operação dos ônibus a diesel é de R$ 25 mil. Já com o elétrico, a manutenção do veículo vai cair para R$ 5 mil. O ganho é de R$ 20 mil de economia por mês com cada ônibus, conforme a prefeitura. “Teremos ganho ambiental, ganho na qualidade do transporte, tanto para o passageiro como para os operadores, motorista, cobrador, como também essa questão do ganho financeiro”, disse Nunes. 

Além das duas operações, a prefeitura informa que realiza investimentos de R$ 6 bilhões no programa de compra de ônibus elétricos. Os recursos são provenientes de operações de crédito.

Leia também: Nova linha de ônibus é criada para atender o Centro TEA, na zona norte de SP