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Empreender no segmento da eletromobilidade pode ser um bom negócio; confira

Por: Ju Cabrini . 24/08/2022

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Empreender no segmento da eletromobilidade pode ser um bom negócio; confira

Estudos apontam que segmento tem potencial para ser um bom investimento

5 minutos, 8 segundos de leitura

24/08/2022

Por: Ju Cabrini

carregador eletrico acoplado ao carro e um cofrinho em formato de porco em cima, simbolizando economia
Especialistas garantem que, no Brasil, há muito espaço para a expansão dos negócios em àreas relacionadas à eletromobilidade. Foto: Getty Images

Está querendo empreender e não sabe em quê? Aposte na eletromobilidade. Apesar de o País possuir um parque circulante de veículos elétricos (VEs) com pouco mais de 100 mil unidades, um levantamento, encomendado pela General Motors, indica que, caso o Brasil siga a tendência mundial, chegaremos a 2035 com 5,5 milhões de VEs. Ou seja: emprender na mobilidade elétrica pode ser um bom negócio.

Já a McKinsey & Company divulgou, recentemente, que, de acordo com pesquisa realizada com consumidores brasileiros, 70% dos entrevistados consideram aderir a serviços de assinatura de veículos, principalmente, devido à possibilidade de explorar diferentes tipos de solução de mobilidade (21%) e por causa de uma possível redução nos custos totais de propriedade (18%).

Então, para corroborar com a sugestão acima, outro estudo, divulgado pela consultoria Bain & Company, informa que o combinado entre receita e lucro para carregamento de veículos na Europa, nos EUA e na China deve crescer em ritmo acelerado até 2030, alcançando € 13,5 bilhões.

Extensão territorial como vantagem

Para Robson Cruz, da Barassa & Cruz Consulting, há muito espaço para a expansão dos negócios na eletromobilidade, exatamente por estar em um estágio inicial e pelo fato de o Brasil ter dimensão continental.

“As empresas ainda não possuem estrutura para capilarizar e atender a todo o País. Apesar de ser um segmento extremamente tecnológico que, em muitos casos, pode ser gerido em nuvem, ainda existe o elemento humano para conectar as coisas. Isso já dá pistas de que há e, provavelmente, sempre haverá oportunidade a novos entrantes”, decreta Cruz, que também é professor do curso de extensão universitária em mobilidade Elétrica, da Unicamp.

Para entender as histórias, o desenvolvimento do negócio e os planos para o futuro, o Planeta Elétrico conversou com startups de diferentes áreas da eletromobilidade. Chama a atenção o fato de empresas estabelecidas no mercado a combustão começarem a estender a atuação para a energia elétrica.

Expansão de segmento

A filhotinha elétrica do Grupo Lupus, empresa com quase 60 anos de mercado e fabricante de ampla gama de equipamentos para lubrificação e abastecimento, a E-Wolf foi formada em 2019, e oferece estações para veículos leves e pesados, com opções de recarga normal, semirrápida, rápida e ultrarrápida.

Além disso, disponibiliza uma linha para oficinas, composta por ferramentas antichoque, elevadores específicos para VEs, paleteira para transporte de baterias, entre outros.

De acordo com Thiago Castilha, cofundador e CMO da empresa, a maior fonte de receita vem do aluguel de carregadores para frotistas, como a JBL (alimentos) e a DHL (logística). Todavia, entendendo a necessidade de fomentar o mercado para expandir sua atuação, a E-Wolf desenvolveu uma rede de 30 instaladores e homologou cerca de dez startups de tecnologia.

“As empresas de sistema são a conexão entre o pequeno empresário, como o dono de um estacionamento, e a mobilidade do futuro, pois possibilitam a operação, o controle e a cobrança”, afirma.

TI como aliada

A forma de cobrança das recargas é um dos dilemas para a viabilização da eletromobilidade, já que apenas as concessionárias são autorizadas a comercializar energia. Pensando em resolver essa e outras dores, a Voltbras, fundada em 2018, oferece uma solução que traz um dashboard de gerenciamento e aplicativo customizado a cada cliente.

“Não existe uma Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE) consensual do que é oferecido – se é serviço ou produto. Nós trabalhamos baseados na Resolução 1.000, da Aneel, de dezembro de 2021, a qual permite a venda de recarga por qualquer empresa”, diz Bernardo Duriex, um dos fundadores.

Pioneira entre as desenvolvedoras de sistemas, a empresa possui clientes de grande porte, como Neoenergia, EDP, Ipiranga e Wecharge; já recebeu duas rodadas de aporte financeiro, com três investidores (EDP Ventures, Domo Invest e Perseo); e está trabalhando em outra grande demanda do segmento, a interoperabilidade, ou seja, a integração de diversas empresas de recarga em uma só interface.

“As pessoas vão acabar utilizando o eletroposto de melhor conveniência para elas naquele momento, e não vão querer ter um aplicativo para cada marca. Nossa solução já foi desenvolvida e estamos na fase de negociação para que haja adesão de várias empresas”, comemora Duriex.

Fabricação local

Fundada em 2006, a desenvolvedora de produtos eletrônicos de hardware e software para empresas como Ambev, Mitshubish e Clarion, a Sollus Engenharia buscava novos segmentos. Em 2015, começou a produzir lâmpadas de LED, e, apesar de ter boa penetração no mercado, começou a sofrer com a concorrência chinesa.

Foi então, em uma viagem à Europa que os sócios Alexandre Abdalla e Eduardo Pina andaram, pela primeira vez, em um Tesla. Bingo! Um novo modelo de negócios estava prestes a aportar na Sollus. Nascia ali a marca Incharge. Entre a viagem e a produção do primeiro carregador se passaram poucos meses.

A empresa começou a produzir em sua fábrica, localizada em Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, os carregadores AC (corrente alternada de 7 kW e 22 kW) para veículos elétricos. Sem qualquer botão ou tela touch, toda a interação é pelo aplicativo – o lay-out dos carregadores ganhou um dos maiores prêmios mundiais em 2021, o IF Design.

“Se olharmos sob o ponto de vista do modelo de negócio, somos mais tradicionais do que uma startup. Nunca participamos de rodadas de investimento, e, com capital próprio, conseguimos atingir o equilíbrio financeiro”, atesta Abdalla. Como plano para junho de 2023, a Incharge quer lançar sua primeira linha de carregadores ultrarrápidos DC (corrente contínua de 60 kW a 360 kW).

Design do carregador Incharge recebeu o prêmio IF Design, em 2021. Foto: Divulgação Incharge

Confira outras 10 empresas que estão se destacando com a eletromobilidade:

  1. www.grilomobilidade.com
  2. www.oslomobilidade.com.br
  3. www.energysource.com.br
  4. www.greenv.com.br
  5. www.trackli.com.br
  6. www.tupinamba.com.br
  7. www.mobilis.me
  8. www.use-move.com
  9. www.hiontecnologia.com.br
  10. www.ucorp.app

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