A Pop, moto mais barata da Honda, completa 15 anos de estrada em 2022. Lançada em 2007, com o objetivo de oferecer uma mobilidade acessível para milhares de brasileiros, a motoneta já vendeu mais de 1,4 milhão de unidades e foi a quarta moto mais vendida do Brasil no ano passado.
Atualmente, o modelo chamado de Honda Pop 110i é a moto mais barata da marca à venda no Brasil. Com preço sugerido de R$ 7.850, sua receita de sucesso mescla robustez, economia e baixo custo de manutenção.
Seu principal mercado é a Região Nordeste, que concentra 67% de suas vendas, seguida pelo Norte do País, com 19%. Em muitos locais, com pouca infraestrutura pública de transportes, a Pop é protagonista da mobilidade urbana e contribui socialmente ao integrar comunidades e transformar a vida de seus proprietários.
Atualmente, o modelo já pode ser visto também nas ruas de São Paulo com certa frequência. Devido a sua robustez e economia de combustível, a Pop é o modelo oferecido para startup Mottu para aluguel por entregadores de aplicativos.
A primeira Pop 100 utilizava o mesmo motor da C 100 Biz, alimentado por carburador e capaz de produzir cerca de 6 cv de potência máxima. Mas, para reduzir o custo e o preço final da moto, os engenheiros e projetistas da Honda trocaram a embreagem semiautomática da Biz por uma manual, o câmbio de quatro marchas não era rotativo e também só oferecia partida a pedal. Quando chegou ao mercado, em janeiro de 2007, a Pop custava R$ 3.990.
Como seria utilizada em todos os cantos do País, outro ponto importante no desenvolvimento da Pop foi sua robustez. Além de ter apenas plásticos já injetados na cor em suas carenagens, o que reduz os prejuízos em caso de queda, as suspensões foram desenvolvidas para encarar os diferentes terrenos encontrados pelo país, seja asfalto ou terra.
Outra característica fundamental para o seu sucesso é seu assento amplo. Afinal, seria o único meio de locomoção de milhares de famílias, ou seja, levaria sempre um passageiro, ou até mais, na garupa. Não por acaso, a Pop é conhecida como uma pequena moto com um grande banco.
A primeira atualização da Pop aconteceu em 2009, quando recebeu mudanças para atender à terceira fase do Programa de Controle da Poluição do Ar, o PROMOT, vigente na época.
Mas a grande evolução aconteceu em 2016, quando a Pop 100 passou a se chamar Pop 110i e recebeu um novo motor, maior e alimentado por injeção eletrônica, além de passar por um face-lift, ganhando uma espécie de “para-brisa” pintado de preto, diferente da cor da moto.
Em sua mais recente atualização, realizada em 2019, passou a contar com o sistema de freio combinado (CBS), mas ainda assim manteve o freio a tambor nas duas rodas. Tudo para reduzir seu custo final.
Desde sua primeira geração, a Pop sempre prezou pela economia de combustível. De acordo com testes do Instituto Mauá, a versão mais recente da motoneta, a Pop 110i, tem uma média de consumo de 59,6 km/l no uso urbano, ou seja, como seu tanque tem capacidade para 4,2 litros, a Pop pode rodar até 200 quilômetros sem parar no posto.