Os dados estão revolucionando os negócios, mudando a forma como as organizações trabalham, os serviços que oferecem e as decisões que os líderes tomam. Eles são usados para fazer recomendações, gerenciar estoques ou até combinar a oferta (motoristas) com a demanda (passageiros). Tendência que, em empresas nascidas já digitais como Netflix, Amazon e Uber, é natural.
Para muitas corporações, os dados tornaram-se o lubrificante que permite aos mercados operarem de forma mais perfeita, permitindo que correspondam melhor à oferta e à demanda. E não é apenas em negócios “nascidos digitais” que os dados estão criando uma agitação, mas também no setor de seguros – onde os prêmios podem ser ajustados com base em insights do cliente.
Pense nos carros conectados – os dados sobre o desempenho e o comportamento do motorista são transmitidos de volta para o provedor de seguros que pode modificar prêmios com base nos insights gerados. Isso permite à seguradora oferecer serviços na medida certa, como o seguro sob demanda, em que os motoristas pagam apenas quando estão dirigindo seu carro.
Entre as vantagens, as seguradoras podem modificar prêmios observando o desempenho do motorista, a conduta dele na direção. Motoristas mais seguros, com melhores atitudes pagam prêmios mais baixos. O comportamento pode ser calculado com base em diversos parâmetros: acelerações e freadas bruscas, excesso de velocidade, locais visitados perigosos, tipo de estrada, horário predominante das viagens etc. Os prêmios também podem ser alterados a partir da localização do veículo. Paga-se menos quando o carro fica na garagem de casa do que quando estacionado em um local, em uma região com alto risco de furto ou roubo.
Muitas das situações que ilustram como os dados estão mudando os negócios vêm do mundo B2C. No entanto, no B2B, os dados estão tendo o mesmo impacto revolucionário. Empresas de construção e mineração, por exemplo, também estão inovando seus modelos de negócios. Em vez de vender caminhões e equipamentos, vendem serviços, garantindo um custo fixo por tonelada de mineral extraído de uma pedreira. Os modernos equipamentos de construção e mineração contêm diversos sensores que geram informações sobre inúmeras variáveis – pressão do óleo, temperatura do motor, peso e localização GPS para citar algumas.
Na saúde, na educação e na política, os dados tornaram-se ativos incrivelmente poderosos. No entanto, curiosamente, os dados raramente são considerados como um ativo. Esse é um ponto importante e que vale a pena refletir – raramente as organizações pensam em dados como um ativo.
Nos últimos anos, vimos uma mudança significativa na base da valorização da empresa. De acordo com um artigo recente do Financial Times, 80% da riqueza corporativa mundial agora reside em apenas 10% das empresas. Alibaba, Alphabet, Amazon e Tencent são novas entradas para a lista das empresas mais valiosas do mundo, onde o dado é um motor fundamental para sua operação.
Em um recente estudo realizado por uma empresa de consultoria de dados sobre o valuation – preço justo e competitivo – de uma das maiores empresas de infraestrutura no Reino Unido, responsável por operar e manter as principais rodovias da região, concluiu-se que o valor econômico total da empresa era na ordem de £ 310 bilhões. Isso inclui £ 114 bilhões de valor de ativos físicos, a rede rodoviária, e £ 196 bilhões de valor criado pelos usuários da rede rodoviária.
A referida concessionária está envolvida em múltiplas iniciativas projetadas para ajudar seus stakeholders a extrair mais valor da malha rodoviária – estradas inteligentes, informações de fluxo de tráfego em tempo real, avisos preditivos de obras, entre outros. Essas iniciativas são todas – até certo ponto – informadas por insights de dados. Calcula-se que o valor total criado por meio de dados é de £ 39 bilhões, cerca de 30% do valor do ativo físico dessa concessionária. Certamente, poderiam obter um retorno financeiro superior investindo um pouco mais em dados melhorando, assim, a pontualidade das atualizações de tráfego.
Se os dados são potencialmente um dos seus ativos mais valiosos, você não deveria tratá-los como um? Se você realmente entendeu o verdadeiro valor de seus dados e começou a tratar os dados como um ativo, como isso mudaria a maneira como pensava sobre sua organização e como você gerenciava e liderava?
Uma vez que você entenda o verdadeiro valor de seus dados, você pode tomar decisões de investimento mais inteligentes e aproveitar seus dados para obter uma vantagem competitiva.