Quais são os 10 países com maior rede metroviária no mundo?
Os investimentos em transporte metroviário ao redor do mundo estão em fase ascendente. De acordo com relatório de mercado da Spherical Insights, apenas nos últimos cinco anos foram mais de US$ 500 bilhões no setor. E a expectativa, com o processo de urbanização acelerada de vários países, sobretudo na Ásia, é que esse montante cresça, assim como a extensão das linhas de metrô nas maiores cidades. Até 2033, a empresa de consultoria espera que o mercado de infraestrutura atinja US$ 81 bilhões, com crescimento anual de 6,3%.
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Veja quais países lideram em infraestrutura de transportes subterrâneos, segundo o relatório atualizado em abril de 2025.
A China tem a maior rede de metrô do mundo, estendendo-se por mais de 9.500 quilômetros em mais de 50 cidades. As principais, como Xangai (802 km), Pequim (836 km) e, além disso, Guangzhou (631 km), dominam os rankings globais em termos de tamanho da rede e volume de passageiros. O governo chinês continua investindo fortemente no transporte metroviário sob seu “Novo Plano de Urbanização”, com o objetivo de chegar, assim, a 10.500 quilômetros de trilhos até o final de 2025.
Os Estados Unidos têm vários sistemas de transporte urbano icônicos, incluindo uma rede de metrô que abrange aproximadamente 1.300 quilômetros em grandes cidades como Nova York, Washington, DC, Chicago e São Francisco. Só o metrô de Nova York tem mais de 470 estações e responde por uma parcela significativa do total de passageiros nacionais. Embora o ritmo de novas expansões de metrô seja mais lento do que nos países asiáticos, os Estados Unidos estão focados na modernização. Até 2025, várias cidades pretendem implementar portas de tela de plataforma, sistemas de agendamento baseados em IA e a expansão de linhas.
A rede de metrô da Índia cresceu exponencialmente na última década, cobrindo 900 quilômetros em 15 cidades desde 2024. Com mais de 390 quilômetros de corredor operacional, o metrô de Delhi é o maior da Índia. Os principais projetos futuros incluem metrôs em Patna, Bhopal e Kanpur, bem como expansões em Mumbai, Bengaluru e Hyderabad. A Índia também está implementando sistemas de sinalização locais, vagões de metrô produzidos internamente pelo programa Make in India e estações movidas a energia solar para reduzir as pegadas de carbono.
O sistema de metrô da Rússia gira em torno do metrô de Moscou, que é um dos mais antigos e luxuosos do mundo. O país tem mais de 800 km de linhas, com Moscou sozinha respondendo por mais de 300 km. Com uma expansão de rede projetada de 150 quilômetros até 2025, as principais tendências incluem monitoramento baseado em IA, sistemas tarifários com cartões inteligentes e renovações de estações para melhorar a experiência do usuário. A Big Circle Line de Moscou, uma das linhas circulares de metrô mais longas do mundo, exemplifica o ambicioso desenvolvimento de infraestrutura.
O Japão é mundialmente conhecido por seus trens de alta velocidade, mas seus sistemas de metrô, particularmente em Tóquio e Osaka, são igualmente impressionantes. Com quase 190 quilômetros de trilhos, o metrô de Tóquio transporta mais de 8 milhões de passageiros por dia. Os sistemas de metrô do país são conhecidos por sua pontualidade, segurança e integração perfeita com as linhas de trens suburbanos. Inovações como infraestrutura resistente a terremotos, trens totalmente automatizados e recursos de segurança de plataforma de ponta estabeleceram padrões globais.
O metrô metropolitano de Seul, na Coreia do Sul, é um dos mais longos e movimentados do mundo, com 1.100 quilômetros. Outras cidades com redes significativas incluem Busan, Incheon e, além disso, Daegu. A Coreia do Sul está na vanguarda da inovação tecnológica do metrô, com monitoramento de multidões em tempo real, Wi-Fi público gratuito, controles de trem alimentados por IA e portões de tarifa de alta velocidade já instalados. O governo está investindo, além disso, em trens urbanos inteligentes, com automação, inteligência artificial e integração como pilares fundamentais.
O sistema de metrô do Reino Unido tem significado histórico, sendo o metrô de Londres o mais antigo do mundo. A rede se estende por mais de 400 quilômetros e está sendo modernizada extensivamente como parte do plano “Transport for London” (TfL). A nova Linha Elizabeth (Crossrail) adicionou mais de 100 quilômetros de trilhos metroviários e melhorou, assim, as conexões Leste-Oeste do país.
A Alemanha tem sistemas de metrô em diversas cidades, como Berlim, Munique, Hamburgo e Frankfurt, e é conhecido pela integração deste modal com o transporte ferroviário. Eles contribuem coletivamente com mais de 700 quilômetros de trilhos. O país está investindo pesadamente em seu Plano de Ação Climática 2030 para eletrificar mais linhas e promover o uso do transporte público em detrimento do individual. Berlim planeja expandir seu U-Bahn, enquanto Munique está desenvolvendo corredores de metrô automatizados. O uso da IA para manutenção preventiva e agendamento em tempo real é uma grande tendência para 2025.
A França é famosa por suas redes regionais de metrô e o bonde-metrô de Paris. O metrô da capital francesa se estende por 220 quilômetros e está em expansão com o projeto Grand Paris Express, um dos maiores projetos de infraestrutura da Europa. Até 2025, o país planeja, assim, adicionar mais de 200 quilômetros de novas linhas automatizadas para melhorar o acesso de quem vem dos subúrbios. Trens autônomos, portões de entrada biométricos e integração com ônibus neutros em carbono são tendências nas cidades francesas. Marselha, Lyon e, além disso, Toulouse também estão passando por atualizações de metrô como parte da estratégia geral de mobilidade do país.
A rede de metrô do Brasil tem aproximadamente 400 km, com São Paulo respondendo pela maioria desta extensão. O Metrô de SP transporta mais de 5 milhões de passageiros por dia em seis linhas. Até 2026, espera-se que novos ramais como a Linha 6 (Laranja) e a Linha 17 (Ouro) estejam operacionais. O governo também está modernizando o metrô do Rio de Janeiro. O modelo de parcerias público-privadas do Brasil, aliás, tem atraído investimentos estrangeiros em infraestrutura de transporte, tornando o País um concorrente notável no cenário metroviário global.