Qual é a tarifa de ônibus mais cara da região metropolitana de São Paulo?

Ajustes nas tarifas de transporte público na região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital paulista, geram impacto financeiro significativo para os usuários. Foto: Adobe Stock

Há 13 dias - Tempo de leitura: 3 minutos, 18 segundos

Com o aumento da tarifa de ônibus urbano na capital paulista e dos trens operados pela CPTM e Metrô e dos ônibus da EMTU, em 6 de janeiro, outros municípios da região metropolitana de São Paulo também registraram ajuste no valor das passagens do transporte público.

Esses ajustes ocorridos entre o final do ano passado e os primeiros quinze dias de 2025 representam um significativo impacto financeiro para os usuários. Em alguns casos, como Poá, o reajuste foi de quase 19%.

Um levantamento realizado pelo Mobilidade Estadão aponta que as tarifas em algumas dessas cidades estão consideravelmente mais altas em comparação às praticadas na capital paulista. Veja a tabela:

CidadesTarifa antigaTarifa nova
PoáR$ 5,30R$ 6,30
ItaquaquecetubaR$ 5,10R$ 5,80
São PauloR$ 4,40R$ 5,00
Ferraz de VasconcelosR$ 5,30R$ 6,00
SuzanoR$ 5,30R$ 6,00
Francisco MoratoR$ 4,90R$ 5,50
Ribeirão PiresR$ 4,85R$ 5,40
ArujáR$ 5,00R$ 5,50
CaieirasR$ 5,00R$ 5,50
MauáR$ 4,20R$ 4,60
OsascoR$ 5,30R$ 5,80
JandiraR$ 5,30R$ 5,80
ItapeviR$ 5,30R$ 5,80
CarapicuíbaR$ 5,30R$ 5,80
BarueriR$ 5,30R$ 5,80
Taboão da SerraR$ 5,30R$ 5,80
Santo AndréR$ 5,70R$ 5,90
São Bernardo do CampoR$ 5,75R$ 5,95

Poá tem a tarifa de ônibus mais cara da região metropolitana de São Paulo

A tarifa de R$ 6,30 na cidade de Poá é mais alta da região metropolitana de São Paulo, com aumento de 18,87% em relação ao valor cobrado em 2024. Em termos nacionais, o bilhete da cidade só perde para Florianópolis (SC), que cobra o valor de R$ 6,90, considerada a passagem de ônibus mais alta do País.

Bruna Lima, 21 anos, estudante de Jornalismo, conta que, apesar de os ônibus de Poá estarem melhores do que antes, ainda deixam a desejar pela falta de conforto e pela prestação de serviço. Só quatro linhas circulam pelo município.

Para ela, ao comparar São Paulo e Ferraz de Vasconcelos, que têm as tarifas mais baratas, os veículos de Poá não oferecem vantagens aos usuários, como tomadas USB, ar-condicionado e Wi-fi.

“Quando chove forte, os ônibus ficam molhados na parte interna, além da falta de conforto dos assentos. Inclusive, os botões de sinal estão quebrados e os moradores não conseguem descer nos pontos desejados”, explica.

A estudante afirma também que quando tem pouca movimentação e poucas opções de ônibus durante a noite a sensação de insegurança aumenta.

“É uma vergonha. As rotas são supercurtas e você espera por horas nos pontos que muitas vezes não são cobertos. Em dias de chuva o tempo de espera é maior e, com a redução dos ônibus, voltar para casa e quase impossível. A probabilidade de assalto e afins é maior”, desabafa Bruna.

Outros municípios da região metropolitana de São Paulo também registraram reajustes nas tarifas: Ferraz de Vasconcelos e Suzano tiveram aumento de 13,21%. Itaquaquecetuba teve alta de 13,73%. Em Francisco Morato houve majoração de 12,24%. Na capital paulista foi de 13,64%. Ribeirão Pires teve alta de 11,34%. Arujá e Caieiras, ambas com alta de 10%.

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Quais tarifas de ônibus tiveram aumentos menores?

Mauá, outra cidade da região metropolitana, tem a tarifa mais barata da região com um aumento pouco menor: 9,52%. Na última quarta-feira, 15, começou a valer a nova tarifa na cidade. Agora, o usuário paga o valor de R$ 4,60 se for no cartão de transporte; no dinheiro, paga R$ 5,50. A iniciativa estimula os usuários a economizarem usando o cartão.

Além de Mauá, cidades como Osasco, Itapevi, Jandira, Barueri e Carapicuíba tiveram aumento de 9,43% em suas tarifas de ônibus. A Prefeitura de Osasco recomenda aos usuários optarem pelo cartão de transporte, cuja passagem sai por R$ 5,80.

Taboão da Serra, com 9,43%, São Bernardo do Campo, com 3,48% e Santo André, com 3,51% também foram as cidades com reajustes melhores.

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