Em geral, um radar de trânsito comum identifica quando um carro ou moto está acima da velocidade ou ultrapassa um semáforo vermelho. Entretanto, o Brasil já conta com uma tecnologia que vai muito além.
Existe um radar de trânsito que flagra diferentes infrações. Por exemplo, quando um motociclista passa por uma calçada, na contramão, faz conversão proibida ou mesmo está sem capacete.
Em suma, esse tipo de flagra de trânsito é possível graças à tecnologia chamada laço indutivo. Com isso, o radar de trânsito consegue capturar a imagem de um veículo ou moto em qualquer lugar da via.
Deste modo, se o condutor faz algo que contraria as leis de trânsito, pode receber uma multa mesmo sem a presença do guarda de trânsito. Além disso, o equipamento permite identificar as imagens com clareza.
Assim, é possível identificar cor, placa e modelo do carro ou da moto. Além disso, o sistema também traz local e horário da infração, inclusive indo além da foto e gerando um vídeo do ocorrido.
A tecnologia de radar de trânsito que permite que estes recursos sejam colocados em prática é da empresa Velsis, que atua para o setor de mobilidade.
Esse tipo de radar de trânsito está presente no Estado do Pará desde 2020. Além disso, as cidades de São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Salvador (BA) também contam com a tecnologia de radares instalada em fase de testes.
Outros municípios como Anápolis (GO), Aracaju (SE) e Novo Hamburgo (RS) também testam os recursos.
Aqueles que cometem infrações no trânsito também devem tomar cuidado com a velocidade. Afinal, já existe um radar de trânsito que identifica quando o motorista reduz apenas no ponto em que está a câmera.
Em geral, a prática é comum no exterior. Assim, o radar consegue medir a velocidade média de um veículo em determinada via.
No Brasil, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) já recebeu uma proposta para legalizar esse tipo de radar. Contudo, a medida ainda não avançou.
Por exemplo, em São Paulo, o radar de trânsito que calcula a velocidade média já foi utilizado em testes. Porém, o uso teve apenas caráter educativo.
Na ocasião, os motoristas receberam apenas notificações. Afinal, a multa com base na velocidade média não está prevista na lei de trânsito do Brasil. Portanto, não pode ser aplicada enquanto a lei não passar por mudanças.
Os testes foram feitos pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na capital paulista entre 2017 e 2018. Na ocasião, a velocidade média acima do limite foi identificada em cerca de 850 mil veículos.