A Prefeitura de Salvador, na Bahia, está estudando a criação de um teleférico panorâmico no subúrbio ferroviário da cidade. O meio de transporte teria interligação com o metrô, conectando bairros da região da Avenida Suburbana até a Estação Campinas.
Assim, o objetivo é oferecer um meio de transporte alternativo aos veículos rodoviários. A informação foi divulgada pelo prefeito Bruno Reis.
De acordo com a presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield, há um estudo de viabilidade econômico-financeira em andamento. O documento considera custos da obra e impactos ambientais.
Para viabilizar o projeto, seriam construídas 26 torres de sustentação. Caso a obra seja iniciada em 2024, a previsão de conclusão é de até 18 meses. A expectativa é de transportar 4 mil pessoas por dia, sendo 12 por bonde.
A princípio, a ideia é que atenda a parte de cima do Subúrbio, Ilha Amarela, Santa Terezinha e Rio Sena. Por meio da ligação com a Estação Campinas, o projeto também pode levar mais passageiros ao sistema de metrô.
Segundo Bruno Reis, a ligação com o metrô pode justamente ajudar a Prefeitura e o Governo do Estado a viabilizarem o projeto financeiramente. Mesmo que haja dificuldades nos aportes ao metrô atualmente.
Embora o projeto do teleférico panorâmico de Salvador tenha como um dos objetivos melhorar a mobilidade urbana, também há potencial turístico. Todos estes aspectos estão sendo levados em consideração no projeto.
Em junho deste ano, o governador Jerônimo Rodrigues entregou a Estação Campinas do Tramo 3 do metrô Salvador-Lauro de Freitas, que liga o sistema ao bairro de Campinas de Pirajá. A entrega celebrou os nove anos do sistema no estado.
Com a nova parada, o governo ampliou a extensão da operação, passando de 33 km para 35 km. No estado, a concessionária que opera o sistema é a CCR Metrô Bahia.
A nova estação conta com três pavimentos, cinco escadas rolantes e três elevadores. Além disso, possui salas técnicas de sinalização, telecomunicação, gerador, baterias e subestação auxiliar, primeiros socorros, almoxarifado, vestiário, transmissão de dados e bicicletário.
“Até a inauguração completa do Tramo 3, com a entrega da Estação Águas Claras, os trens vão circular com velocidade menor entre as estações Campinas e Pirajá e esse percurso será gratuito”, explicou Julio Freitas, superintendente concessionária, na ocasião.