São Paulo terá Faixa Azul para motos em mais 11 avenidas; veja onde

Faixa Azul na Avenida 23 de Maio, implantada no início de 2022, também deverá ser expandida. Foto: Marcelo Pereira / SECOM-SP
Arthur Caldeira
29/09/2023 - Tempo de leitura: 3 minutos, 41 segundos

A Faixa Azul, sinalização experimental para que motos circulem com mais segurança entre os carros, chegará a mais 11 avenidas da cidade de São Paulo. A ampliação do projeto foi autorizada, ontem (28/9), pelo Ministério dos Transportes e será implantada pela Companhia de Engenharia de Tráfego da prefeitura paulista (CET-SP).

“Achamos fundamental estimular os municípios a tomarem iniciativas para aumentar a segurança no trânsito. Junto com a prefeitura de São Paulo, que solicitou o uso da sinalização experimental, queremos avançar na redução de sinistros e evitar mortes no trânsito”, disse o ministro dos Transportes, Renan Filho.

Além de autorizar a ampliação da Faixa Azul, o Ministério dos Transportes renovou as autorizações para o uso da sinalização em outras seis avenidas. Embora, atualmente, a Faixa Azul funcione apenas nas Avenidas 23 de Maio e Bandeirantes desde 2022, a prefeitura de São Paulo já havia sido autorizada a ampliar o projeto, mas perdeu o prazo.

Agora, com a renovação, a Faixa Azul para motos deverá se estender no Corredor Norte-Sul. Passará a englobar também as Avenidas Santos Dumont, Tiradentes e Prestes Maia, entre a ponte das Bandeiras e a praça da Bandeira, com extensão aproximada de quatro quilômetros. Também chegará à Avenida Rubem Berta, entre o complexo viário João Jorge Saad e a Avenida dos Bandeirantes.

“Essa é uma experiência que São Paulo trouxe e que deu muito certo, sem registro de nenhum óbito em um ano, que demonstra a importância do projeto para a preservação da vida dos motociclistas”, afirmou o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).

Quer saber como funciona a Faixa Azul? Leia aqui.

Quais são as novas avenidas?

Com a autorização do Ministério dos Transportes, a Faixa Azul para motos deverá chegar a outras regiões da capital paulista. Embora o plano preveja quatro novos trechos, eles somaram 11 novas avenidas nas Zonas Oeste, Norte e Leste.

Veja as avenidas que receberam autorização para a implantação da Faixa Azul:

  • Trecho 1: Avenidas Sumaré/Avenida Paulo VI e Avenida das Nações Unidas sentido Castelo Branco, entre Rua Prof. Campos de Oliveira e a Avenida Pe. José Maria e sentido Interlagos entre a Avenida Mario Lopes Leão e rua Prof. Campos de Oliveira;
  • Trecho 2: Avenida Brigadeiro Faria Lima, Avenida Zaki Narchi e Avenida Luiz Dumont Villares;
  • Trecho 3: Avenida Miguel Yunes;
  • Trecho 4: Avenida Jacu Pêssego, Avenida Nova Trabalhadores, Avenida Vice-presidente José de Alencar Gomes da Silva e Avenida do Estado.

“É um sonho realizado, que é ter uma sinalização, um lugar digno para as motos andarem. Esperamos que, através dessa sinalização, a gente possa reduzir o número de acidentes e salvar vidas, que é o que a gente mais busca”, disse o presidente do Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas Intermunicipal do Estado de São Paulo (SindimotoSP), Gilberto Almeida dos Santos.

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Faixa Azul deverá ter entre 1,1 e 1,2 metro

No entanto, a implantação das novas faixas exige o atendimento de uma série de condições pré-estabelecidas pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). De acordo com a Secretaria, as larguras das faixas devem ser de, no mínimo, 1,10 metro entre eixos da sinalização horizontal para limite de velocidade de 50 km/h. Já nas avenidas com limite de 60 km/h a faixa deve ter 1,20 metro.

Além disso, a CET-SP deverá enviar trimestralmente à Senatran um relatório com as análises e conclusões do projeto ao final do período experimental de um ano. O relatório deverá conter os seguintes dados:

  • Quantidade de sinistros, feridos e mortes envolvendo motocicletas, motonetas e ciclomotores a cada mês, por sentido de tráfego nos trechos relacionados, nos últimos cinco anos, incluindo o período experimental, englobando toda a via, suas faixas de rolamento, vias expressas e marginais e áreas de entrelaçamento;
  • Informação do volume diário médio classificado por categoria de veículo, por sentido de tráfego nos trechos relacionados, nos últimos cinco anos, incluindo o período experimental;
  • Levantamento da velocidade operacional de cada faixa dos trechos relacionados, antes e após a intervenção;
  • Apresentar relatório detalhando o comportamento do tráfego em faixas com diferentes larguras.